Secretaria investiga morte de cinco presos em presídio de Uberaba; quatro por enforcamento

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
21/05/2018 às 16:43.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:11
 (Reprodução Globo Minas)

(Reprodução Globo Minas)

A Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) investiga a morte de cinco presos, que cumpriam pena na Penitenciária Professor Aluízio Ignácio de Oliveira, em Uberaba, no Triângulo Mineiro. Em quatro casos, os presos foram encontrados com uma corda de lençol amarrada no pescoço, o que pode ser uma simulação de suicídio para a Polícia Civil, que trabalha a com hipótese de assassinado por causa da suspeita de briga de facções.

O último caso foi registrado na madrugada desta segunda-feira (21). Agentes de segurança do presídio foram acionados por detentos da ala D, que informaram a morte de um preso de 49 anos. Ele foi encontrado sem vida, com uma corda feita com lençol amarrada ao pescoço. Segundo a Seap, as Polícias Civil e Militar foram acionadas na hora. 

Em uma semana, foram cinco mortes. Na manhã de segunda (14), dois detentos, de 22 e 38 anos, foram encontrados sem vida, em duas celas da unidade, também com uma corda de lençol amarrada no pescoço. À tarde, um preso de 62 anos se queixou de dores e foi encaminhado para o Núcleo de Saúde do presídio e, em seguida, para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, onde faleceu. Segundo a Seap, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal, que vai analisar a causa da morte.

Na madrugada de sexta-feira (18), presos acionaram mais uma vez os agentes de segurança penitenciários para socorrer um detento de 26 anos, também  com uma corda de lençol amarrada no pescoço. 

Por meio de nota, a Secretaria esclareceu que a direção das unidades não recebeu nenhum pedido de mudança de cela ou solicitação de presos para que fossem encaminhados ao “seguro”, local onde ficam os detentos que se sentem ameaçados. Segundo a Seap, em todos os casos, a perícia da Polícia Civil esteve na unidade, coletando informações. A direção instaurou um Procedimento Interno para apurar administrativamente o fato. E os presos que dividiam a cela com os detentos mortos serão ouvidos.

Ainda conforme a Seap, "a unidade está em constante diálogo com o Ministério Público e Poder Judiciário para ajustar a rotina da unidade e garantir a segurança dentro da penitenciária".

  

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