Segundo dia do julgamento do goleiro Bruno é novamente tumultuado

Do Portal HD
20/11/2012 às 19:09.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:27

Após a juíza Marixa Fabiane declarar suspensa a segunda sessão do julgamento do goleiro Bruno Fernandes, por volta das 18 horas desta terça-feira (21), um novo impasse surgiu no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte.    Um dos réus do caso Bruno, Elenilson Vitor da Silva, foi flagrado pela assessoria da juíza Marixa Fabiane utilizando o celular durante o julgamento. Além dele, outras cinco testemunhas de defesa dos réus também estariam usando o telefone durante a sessão, o que é proibido por lei.   O promotor do caso, Henry Wagner Vasconcelos de Castro, pediu então a impugnação destas testemunhas, mas a decisão da juíza Marixa Fabiane só deve ser divulgada na quarta-feira.   Elenilson Vitor da Silva é um dos réus do caso Bruno, mas teve o julgamento desmembrado, assim como Wemerson Marques de Souza, o "Coxinha" e serão julgados em outra ocasião. Eles respondem pelos crimes de sequestro e cárcere privado do Bruninho, filho do goleiro com a ex-modelo Eliza Samudio.

Troca de advogados   No segundo dia do julgamento, o goleiro Bruno decidiu pela destituição de seu advogado, Rui Pimenta. Com a decisão do atleta, o julgamento teve que ser novamente desmembrado já que sua defesa ficaria a cargo de Francisco Simim, que também é defensor da ex-mulher do goleiro Dayanne Rodrigues do Carmo.   O advogado, no entanto, disse em plenário que não se sentia preparado para fazer as duas defesas e por isso a juíza Marixa Fabiane optou por desmembrar o julgamento e Dayanne será julgada juntamente com o ex-policial, Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", em data ainda não definida.    Mais tarde, o goleiro Bruno apresentou um novo advogado. Professor universitário e defensor do Tribunal de Justiça Desportiva, Tiago Lenoir assumiu a defesa do jogador e não descartou a possibilidade de seu cliente confessar o crime.   Depoimentos   Nesta quarta-feira estão previstos os depoimentos das cinco testemunhas de defesa do goleiro Bruno Fernandes. Na sequência, serão ouvidas as testemunhas do Luiz Henrique Ferreira Romão, o "Macarrão", e da ex-amante de Bruno, Fernanda Gomes.    Nesta terça-feira (20) foram ouvidos o detento Jailson Alves de Oliveira, a ex-chefe da Delegacia Especializada de Homicídios de Contagem, Ana Maria dos Santos, e João Batista. Estava previsto ainda o depoimento da delegada Alessandra Wilke, mas foi adiado e deve acontecer na quarta-feira.   Em seu depoimento, Jailson Alves Oliveira, colega de cela de "Bola", confirmou ter ouvido dele que o corpo de Eliza teria sido queimado em pneus e os restos mortais jogados para peixes.   Além disso, Jailson revelou ter sido ameaçado pelo goleiro Bruno Fernandes durante um banho de sol na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, onde ambos estão presos em Contagem, na semana passada.   Já a delegada Ana Maria dos Santos revelou detalhes dos trabalhos de investigação do sumiço da ex-modelo Eliza Samudio. Na época, ela colheu depoimentos do primo de Bruno, Jorge Luiz, e segundo ela, o jovem teria ficado bastante nervoso ao relembrar a morte de Eliza.   Ana Maria citou ainda as falas contraditórias do caseiro do sítio de Bruno em Esmeraldas, José Roberto, e outro funcionário do goleiro, Elenilson Vítor. Um deles teria dito que não havia ninguém no sítio, enquanto outro revelou a presença de uma criança na casa, que seria o Bruninho, filho do goleiro com Eliza Samudio.   Já João Batista Oliveira, que trabalhava em uma padaria em Contagem, foi ao julgamento porque acompanhou o primeiro depoimento do ex-motorista de Bruno Fernandes, Cleiton da Silva Gonçalves.    Em sua fala, João Batista disse que durante o depoimento à delegada Alessandra Wilker, Cleiton estava com as mãos livres, sem algemas e bem à vontade. Ao contrário do que afirmou o ex-motorista de Bruno no primeiro dia do julgamento.   Apesar das controvérsias nos depoimentos de Cleiton e de João Batista, o promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro dispensou a acareação entre eles. A intenção seria evitar constrangimento a João Batista, que na visão do representante do Ministério Público, é um homem sério. 

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