Os frequentes furtos de cabos de cobre em semáforos da capital levaram a prefeitura a montar uma força-tarefa para combater esses crimes. Uma patrulha, formada por agentes da BHTrans e da Guarda Municipal, passou a atuar 24 horas na cidade. Por meio de monitoramento, a fiscalização poderá identificar os ladrões em tempo real.

A medida foi implantada há uma semana. De janeiro até agora, 289 ocorrências roubos em sinais de trânsito foram registrados. Ao todo, são 64 mil metros de cabeamento levados pelos criminosos – o suficiente para dar cinco voltas na avenida do Contorno. A substituição dos fios já custou R$ 261 mil aos cofres públicos.

Por conta da nova estratégia, uma equipe de técnicos da BHTrans foi remanejada para o turno da madrugada, informou o presidente da autarquia, Célio Freitas Bouzada. Segundo ele, é nesse período que o vandalismo é mais comum.

Aviso

Por meio de um alarme e notificação pelas câmeras, os profissionais são comunicados quando a fiação é retirada. Imediatamente, a Guarda Municipal é acionada. A ideia é que a agilidade permita a prisão dos envolvidos em flagrante.

Ainda de acordo com Bouzada, o acompanhamento pode ser feito apenas em semáforos que têm cabos de fibra ótica, o equivalente a 85% dos instalados na metrópole. Conforme a Guarda Municipal, para que a ronda integrada tenha efeito, os agentes receberam o mapeamento dos pontos mais críticos, com alta incidência de furto.

A corporação ainda não tem o balanço dos primeiros dias de atuação da patrulha. Em nota, explicou que, “como a ação ainda está em fase inicial, os dados de pessoas presas ou apreendidas ainda estão sendo compilados”.

Estações

Série de reportagens publicada na última semana pelo Hoje em Dia mostrou que os vândalos não têm poupado os radares de excesso de velocidade nem as estações do Move. Apenas em 21 paradas de ônibus, os bandidos roubaram 11 mil metros de cabos de cobre. Os reparos já demandaram R$ 23,5 mil.

Na tentativa de coibir a ação de vândalos nas plataformas, a BHTrans inicia um projeto piloto na Estação Ipiranga, região Nordeste. Por lá, o cabeamento será “escondido” em canaletas para dificultar o acesso dos criminosos. Em relação aos aparelhos de fiscalização eletrônica, 66 foram danificados por conta do roubo da fiação. Os gastos chegam a R$ 50 mil.

A PM afirma que a maior parte dos delitos é praticada por usuários de drogas em situação de rua. O fio é vendido, a um preço abaixo do mercado, para ferros-velhos clandestinos, o que reforça a necessidade de combate ao interceptor, frisou a corporação.

Já a Polícia Civil informou que as ocorrências são investigadas nas delegacias de área e buscam a identificação de autoria das ações e destinação dos materiais.

Em nota, o sindicato que representa as empresas de ônibus de BH afirmou ter expectativa de que a auditoria termine o mais rápido possível

Patrulha busca prender em flagrante ladrões de cabos de cobre da capital

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