Servidores federais e estaduais organizam protestos e greves em Minas

Do Portal HD
09/08/2012 às 18:21.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:20
 (Frederico)

(Frederico)

Servidores de vários órgãos públicos federais e estaduais realizaram paralisações e manifestações nesta quinta-feira (9) em Minas Gerais reivindicando melhores condições de trabalho e salário. Os professores universitários e os agentes, escrivães e papilocopistas da Polícia Federal também estão de greve e não têm previsão para encerrar o movimento.    Já o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) estão totalmente parados desde o dia 22 de junho. Os servidores da Secretaria Estadual de Saúde e da Escola de Saúde Pública também estão em estado de greve e podem parar a qualquer momento.   Polícia Federal   O Sindicato dos Policiais Federais de Minas Gerais (Sinpef) informou que um efetivo de aproximadamente 12 mil agentes, escrivães e papiloscopistas aderiram a greve em todo o país. Em Minas Gerais a adesão é de 420 profissionais.   O movimento da categoria prejudica a emissão de passaportes e a fiscalização nos aeroportos do Estado. Em Belo Horizonte, um contingente de 250 federais atendem apenas casos de emergência.    Segundo o Sinpef, por causa do funcionamento em escala mínima, só estão sendo emitidos passaportes para pessoas que comprovem que precisam do documento com urgência. No aeroporto de Confins, os policiais estão realizado uma operação padrão, o que tem atrasado a saída dos voos. Os policiais estão intensificando o serviço de fiscalização, como a checagem de todas as bagagens com cães farejadores, além de passar as bolsas e malas pelo scanner. Conforme o Sinpef, atualmente três agentes fazem o serviço que deveria ser realizado por dez.   Nesta tarde, cerca de 100 agentes em greve fizeram um protesto pelas ruas de Belo Horizonte. Eles saíram da sede da corporação, no bairro Gutierrez, região Oeste de BH, rumo à Praça da Assembleia Legislativa de Minas Gerai (ALMG). Durante o protesto, ele distribuíram panfletos informativos sobre o movimento. Na ALMG, a categoria foi recebida por deputados que demonstraram apoio ao movimento. Os agentes estão em greve em todo o país desde terça-feira (7).   Professores   A greve nacional dos professores das instituições federais de ensino completa 85 dias nesta quinta-feira (9) e não tem previsão para chegar ao fim. No Estado, todas as universidades, com exceção da Federal de Itajubá, estão sem aulas.   A categoria dos docentes pleiteia carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho.   Os professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) irão realizar uma nova assembleia para discutir os rumos da greve na próxima segunda-feira (13), às 14 horas, na Escola de Engenharia, no campus da Pampulha. Segundo os professores, o governo ainda não apresentou nenhuma nova proposta.   Incra   Em Belo Horizonte, o efetivo do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) também estão parados. Os servidores da instituição reivindicam melhores condições de salário e de trabalho. O governo e os servidores estão em negociações. Durante a paralisação o órgão manterá as atividades internas, estritamente essenciais, definidas por esta Superintendência.    Saúde   Os servidores da Secretaria Estadual de Saúde e da Escola de Saúde Pública permanecem em estado de greve e podem parar a qualquer momento. A categoria ficou em greve por 29 dias, há menos de um mês. Os profissionais reivindicam a correção do reposicionamento na carreira; a revisão do Plano de Carreira; reajuste e pagamento de Vale-transporte e Vale-Alimentação; adicional de insalubridade e periculosidade; prêmio por produtividade; gratificação por Desempenho de Função; gratificação complementar; regulamentação em lei do cargo de Especialista em Políticas e Gestão da Saúde (EPGS).   No dia 12 de julho deste ano, os servidores da saúde aprovaram as propostas de reajuste de 40%, a partir de agosto deste ano, e de 50% em 2013, além de aumento no valor da Gratificação Complementar (GC) concedida a auxiliares de apoio, técnicos operacionais, profissionais de enfermagem e analistas de gestão e assistência à saúde da Fhemig.    O problema, segundo a categoria, é que os benefícios de pagamento do abono de urgência e emergência e um reajuste de 50%, a partir de agosto deste ano, não foram estendidos para profissionais da Secretaria Estadual e da Escola de Saúde Pública.

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