Sete pessoas são presas por furto de combustível em Betim

Da Redação
horizontes@hojeemdia.com.br
09/06/2017 às 15:13.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:00
 (PCMG/Divulgação)

(PCMG/Divulgação)

Sete pessoas foram presas acusadas de fazer parte de duas quadrilhas que atuavam no furto e adulteração de combustíveis. As prisões aconteceram na madrugada desta sexta-feira (9), graças a uma operação desencadeada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em Betim, na Região Metropolitana.

A investigação foi feita depois da denúncia de que alguns postos da Grande BH estariam recebendo menos combustível do que havia sido combinado com as transportadoras. "Os grupos criminosos desviavam, por meio de caminhões autorizados por transportadoras, parte do combustível – principalmente gasolina e diesel – da refinaria em Betim para galpões localizados no bairro Teresópolis, na mesma cidade", explicou o delegado responsável pelas investigações, Gustavo Barletta.

Ainda não há indícios de que as transportadoras tenham qualquer vínculo com as atividades criminosas, segundo a PCMG.

O delegado explica também que, quando a quantidade de combustível desviada era razoavelmente pequena para o atacado – cerca de 50 litros, em uma escala total de cinco mil litros –, o furto não era de pronto reconhecido pelos clientes, haja vista que os profissionais do meio têm ciência de uma margem de perda durante o transbordo dada a alta volatilidade do material.

A polícia acredita que, além dos dois grupos desarticulados, possa existir uma série de outras associações criminosas agindo da mesma forma em Betim, mesmo que não haja ligação entre elas. "Alguns dos presos chegaram a declarar, até mesmo, que isso é uma prática super comum, o que corroboraria para o fato de os integrantes se conhecerem, mas não se relacionarem", contou Barletta.

A PCMG levantou que o combustível era adquirido pelo preço normal de tabela da refinaria, e depois vendido pelos caminhoneiros por R$2,30 o litro para os galpões, que chegavam a vender por até R$3 a R$3,20 o litro.

"O que facilitava toda a operação criminosa é que os próprios caminhoneiros, ao chegarem na refinaria, já deixavam frouxo o lacre de abastecimento do combustível no tanque do caminhão, permitindo agilidade no desvio para os galpões", informou o policial civil. O correto seria os próprios abastecedores da refinaria realizarem todo o procedimento, lacrando definitivamente o tanque.

A PCMG estima que os suspeitos tenham lucrado uma média de R$ 5 mil a R$ 10 mil por mês, com as atividades ilícitas, considerando-se que os dois grupos já venham atuando há aproximadamente um ano.

Os presos, de idade entre 19 e 66 anos, responderão pelos crimes de furto qualificado e associação criminosa, podendo também serem indiciados por adulteração de combustível, a depender do laudo técnico da perícia da PCMG.

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