Sul de Minas registra sétima morte por gripe suína

Margarida Hallacoc
11/08/2012 às 13:09.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:22
 (Cristiano Machado-Hoje em Dia)

(Cristiano Machado-Hoje em Dia)

A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) de Varginha, no Sul de Minas, confirmou, por meio do Núcleo de Vigilância em Saúde do Setor de Epidemiologia,  oficialmente nessa sexta-feira (10), o primeiro caso de morte no município causada pela Influenza A H1N1. A vítima é uma mulher de 43 anos, da cidade de Serrania, na mesma região.

Ela morreu no dia 4 de agosto em um hospital de Varginha onde ficou internada por dois dias. Neste período, a mulher chegou a ser transferida para a UTI do Hospital Regional, também em Varginha, mas não resistiu aos sintomas e faleceu. Neste ano, outras seis mortes foram confirmadas por decorrência da doença no Sul de Minas.

As vítimas são dos municípios de Cabo Verde, Cachoeira de Minas, Passos, Santa Rita do Sapucaí, São Gonçalo do Sapucaí e Três Pontas. Outros 11 casos suspeitos foram notificados em Poços de Caldas, Pouso Alegre e Três Corações. De acordo com a Secretaria de Saúde de Varginha,  de janeiro de 2012 até nessa sexta, foram registrados 16 casos suspeitos da doença no município.

Dez casos suspeitos apresentaram resultados negativos após análise, e outros cinco aguardam resultado final. No ano de 2011, foram notificados oito suspeitas, e todas apresentaram resultados negativos depois de analisados.  Para intensificar a prevenção e a eficácia no diagnóstico, está sendo realizado desde quarta-feira (8) a campanha de orientação e prevenção contra a Influenza A H1N1 na rede pública e particular de ensino de Varginha.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) ainda não foi notificada a respeito do óbito em Varginha. O órgão confirma apenas 22 mortes de pessoas que tinham a doença. A última notificação é de uma pessoa que morava em Belo Horizonte. Do total de mortos, 10 tinham entre 40 e 59 anos. Cinco pacientes tinham entre 20 e 39 anos e quatro, 60 anos ou mais. Além disso, três vítimas tinham entre 10 e 19 anos. Ao todo, 53 casos da doença foram confirmados em Minas.

Prevenção
 
Medidas de higiene que reduzem a possibilidade de contágio são indicadas, já que a Influenza A é um vírus que circula pelo ar. A melhor maneira de se evitar a doença é lavar bem e com frequência as mãos com água e sabão, evitar tocar os olhos, boca e nariz após contato com superfícies, não compartilhar objetos de uso pessoal e cobrir a boca e o nariz com lenços descartáveis ao tossir e espirrar.
 
Tamiflu
 
Em julho, o medicamento oseltamivir, de nome comercial Tamiflu, deixou de integrar a lista de substâncias sujeitas à controle especial. Com isso, pode ser comprado nas farmácias ou retirado em unidades públicas de saúde com apresentação somente de receita médica simples, sem a necessidade de uma via ficar retida no estabelecimento. O antiviral é usado no tratamento da gripe, inclusive em casos de influenza A (H1N1) – gripe suína.
 
Vacinação
 
Terminou nessa terça-feira (31) a segunda dose da vacinação contra gripe suína. Em Belo Horizonte, 147 postos de saúde aplicaram as vacinas que estavam disponíveis para gestantes e crianças de 6 meses a 2 anos. Segundo a SMSA, neste ano, 384.673 pessoas foram imunizadas em BH, o que corresponde a 97% do público alvo. O teto estabelecido pelo Ministério da Saúde é de 80%.
 
A vacina contra a gripe suína também é gratuita para pessoas com problemas respiratórios, cardíacos, hipertensos, mas é preciso que haja indicação médica. As doses são encontradas em todas as unidades de saúde do Estado.
 
Balanço da SMSA mostra que, na capital, foram vacinadas 64.476 crianças; 59.293 trabalhadores da área de saúde; 240.080 idosos e 20.824 gestantes. A campanha foi realizada no dia 5 de maio. A vacina é contraindicada apenas para quem tem alergia a ovo.

(*) Com agências.

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