Superlotação leva Ceresp Gameleira a "recusar" novos presos

Hoje em Dia
07/04/2015 às 11:45.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:32
 (Cristiano Machado/Hoje em Dia)

(Cristiano Machado/Hoje em Dia)

A superlotação do Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) Gameleira, que atualmente tem população carcerária quase 300% superior a capacidade, levou a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) a tomar uma medida drástica: impedir a entrada de novos presos no complexo.   A decisão foi comunicada, por meio de memorando assinado pelo diretor-geral do Ceresp Gameleira, Luiz Henrique Rosa, na segunda-feira (6). Por meio de nota, a Suapi informou que "há um compromisso  com o Poder Judiciário para que a lotação do Ceresp Gameleira, em Belo Horizonte, não ultrapasse a marca dos 1.500 presos que existem hoje no local". O complexo tem capacidade para abrigar 404 detidos.   Com a medida, os presos estão sendo encaminhados para outras unidades prisionais. "Os Centros de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp’s) são, por definição, porta de entrada do sistema. Por isso, têm como característica uma dinâmica de ocupação muito variável e tendendo a superar a capacidade", explicou a Suapi.         Superlotação   Minas Gerais possui 148 complexos da Suapi. De acordo com o Governo, a administração anterior entregou o sistema prisional com cerca de 32 mil vagas e 52.814 presos. "São presídios, penitenciárias, incluindo a parceria público privada, casas de albergado, hospitais e um centro de referência à gestante privada de liberdade, além de 4.145 detentos com a PCMG, que, no conjunto tinham uma taxa de 1,75 preso por vaga", informou.   A população carcerária, atualmente, já subiu para 57.815 presos. Se incluído os detidos sob custódia da Polícia Civil e do Poder Judiciário em Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac’s), esse número sobe para 67.032 presos em Minas.

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