Suposta reação de gangue à morte de estudante leva pânico a Viçosa

Ana Lúcia Gonçalves - Hoje em Dia
11/03/2015 às 11:15.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:18
 (Facebook/Reprodução)

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O assassinato de um traficante espalhou pânico entre os moradores de Viçosa, na Zona da Mata, na noite desta terça-feira (10). Wegton Antônio Carlos Cardoso, de 30 anos, o “Grilo” foi morto com vários tiros por volta das 22 horas no bairro Santo Antônio, e logo a notícia se espalhou pelas redes sociais como sendo uma briga de gangues com pelo menos dois mortos em retaliação ao assassinato de Gabriel Oliveira Maciel, 17 anos, cujo foi corpo foi encontrado no campus da Universidade Federal de Viçosa (UFV) nesta segunda-feira (9). Moradores se trancaram dentro de casa e nesta quarta-feira (11) estudantes não foram às aulas.   De acordo com a PM, “Grilo” saía de um centro esportivo, na rua Antônio Lopes Lélis, e ao entrar no carro foi abordado por duas pessoas que estavam em outro veículo. A dupla efetuou vários disparos contra ele. A sargento Ivone Barbosa admite o clima tenso na cidade universitária, mas assegura que fora a morte do traficante, é boato a notícia de que outras pessoas foram mortas e que uma gangue de Ponte Nova, cidade de Gabriel, estaria sendo esperada em Viçosa para novos confrontos hoje.    Segundo a militar, as investigações prosseguem e ainda não há informações oficiais sobre a possível ligação entre a morte do traficante e o jovem de 17 anos que sumiu depois de participar de uma calourada em Viçosa e foi encontrado no campus da UFV, a oito quilômetros do local do evento. “Não tem toque de recolher e nem motivo para pânico. A princípio estamos lidando com um crime isolado, a morte de um traficante com várias passagens pela polícia”, avisa a sargento.    O lugar onde “Grilo” foi morto é uma zona quente da criminalidade em Viçosa e conhecido como “Cantinho do Céu”. A  PM vai divulgar nota ainda nesta manhã dando mais detalhes sobre o crime.  O delegado responsável pelo caso, Bruno Siqueira Mazzine informou que "Grilo" era um traficante conhecido na região e, a princípio, descartou ligação entre o assassinato e a morte do jovem Gabriel..    “O clima à noite esteve bem pesado, amigos ligando um para o outro preocupados com a segurança, carros e sirenes passando toda hora na rua. Não tive coragem de sair de casa hoje de manhã. Como não temos relatos concretos do que está realmente ocorrendo, esta dúvida nos deixa com bastante insegurança”, conta uma universitária de 22 anos que preferiu não se identificar. Ela é de Belo Horizonte e estuda Biologia na UFV.   “Cheguei em Viçosa em 2011 e percebo que as ocorrências desse tipo vem crescendo. É preocupante. Eu me sinto insegura, principalmente em relação a assaltos”, reclama uma estudante de 24 anos que é de Rio Pomba e estuda Ciências Sociais na UFV.

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