A Polícia Civil abriu inquérito para investigar as denúncias de abuso sexual contra adolescentes entre 13 e 17 anos em uma susposta agência de modelo na cidade de Alfenas, no Sul de Minas Gerais.
O suspeito é um homem de 31 anos, que atraía meninas de todo o país com a promessa de trabalho de modelo e atriz, além de acompanhamento de nutricionista e academia. Em troca, os pais pagavam uma taxa mensal de R$500, mas quando chegavam ao lugar, o "agenciador" obrigava as meninas a ter relações sexuais com ele, segundo a PC.
No último sábado (29), após denúncia anônima de exploração de menor de idade, o Conselho Tutelar foi até o local e conversou com algumas das meninas, que, com medo, evitaram dar detalhes sobre a situação. Mas diante das evidências, um local precário, com alimentação precária e sem autorização dos pais de permanência das jovens na casa, o Conselho acionou a Polícia.
No domingo (30), as sete meninas dos estados do Paraná, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo e do Sul de Minas foram retiradas da casa e levadas para um local sob a proteção do Conselho Tutelar. Só assim elas conseguiram prestar depoimentos e fazer o exame de corpo delito.
O conselheiro Paulo Silvério contou à reportagem do Hoje em Dia que, já em fevereiro deste ano, havia recebido uma denúncia da susposta agência de modelo e que, desde então, vinha agindo para proteger as menores.
Silvério denuncia ainda, quanto ao caso do último fim de semana, que a adolescente de 13 anos afirmou ter sido estuprada pelo "agenciador". As outras contaram aos conselheiros que o homem entravam no quarto onde elas estavam quando queria e pedia que elas fizessem carinho nele.
O homem tem paradeiro desconhecido e, segundo o Conselho, ainda vem mandando mensagens ameaçadoras para os celulares das a adolescentes.
A Polícia Civil disse que a investigação segue sob sigilo.