Suspeitos de estupro coletivo não são afastados, mas se distanciam de suas funções no Estado

Da Redação
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13/06/2016 às 18:35.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:53
 (Álvaro Castro/Hoje em Dia)

(Álvaro Castro/Hoje em Dia)

A informação foi passada pela Controladoria-Geral do Estado (CGE) por meio de nota na tarde desta segunda (13).

No entanto, o órgão abriu, na última sexta-feira (10), uma sindicância administrativa para apurar e acompanhar o caso de perto. Assim, se o envolvimento deles for confirmado, um processo administrativo disciplinar será instaurado e os servidores poderão até ser demitidos. 

"Os servidores acusados de participar de suposto estupro coletivo, na cidade de Bom Despacho, têm o direito e o dever de continuar exercendo suas atividades cotidianas de trabalho, enquanto as investigações criminais e administrativas são realizadas. No âmbito administrativo, a CGE pode, no decorrer da apuração, conforme previsto no art. 214 da Lei n° 869/52, solicitar o afastamento preventivo dos servidores investigados para facilitar a instrução probatória", diz a nota da CGE. 

Apesar de não terem sofrido nenhuma punição dos órgãos oficiais, segundo o advogado Lucas Laire, que representa um dos rapazes apontados pela estudante como sendo autor do estupro, dois deles se afastaram das atividades. "Eles não foram afastados pelo Estado, mas tinham dias compensatórios e pegaram essas folgas agora", explicou. 

Na última quinta-feira (9), a Polícia Civil fez um pedido de prisão dos suspeitos, mas a Justiça ainda não se posicionou. A defesa diz não ter conhecimento sobre a medida e questiona a necessidade da mesma. “Não há nenhum requisito para decretar prisão preventiva ou temporária, eles estão colaborando com a investigação”, disse Laire.

A vítima, que assim como os suspeitos mora em Belo Horizonte, fez exame de corpo de delito na última quarta-feira (8), mas o resultado, que ainda não foi divulgado, pode ser comprometido por causa do tempo que se passou entre o ocorrido e a realização do exame.

 
 

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