Taxistas pressionam Kalil para barrar Uber e Cabify em BH, mas descartam paralisação

Mariana Durães
mduraes@hojeemdia.com.br
17/08/2017 às 11:57.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:07
 (Mariana Durães/Hoje em Dia)

(Mariana Durães/Hoje em Dia)

Um dia após a Justiça liberar aplicativos como Uber e Cabify, taxistas se reuniram nesta quinta-feira (17) com o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil. Os motoristas querem fazer pressão para que o município tome decisões que revertam a situação e regulamente os aplicativos.

Ao fim do encontro, o presidente do sindicato da categoria, Avelino Moreira, descartou paralisação dos motoristas, mas admitiu que vai lutar para que os taxistas não saiam prejudicados com a decisão judicial. Conforme ele, uma comissão foi formada e irá conversar diariamente com representantes do Executivo para discutir o assunto.

Apesar do temor dos taxistas com a liberação dos apps, Flávio Simões, presidente do Uai Taxi, garantiu que "a cidade estará em paz a partir de hoje". Segundo ele, sem as lideranças, não há força para manifestações. "Temos uma prefeitura de portas abertas e não queremos fechar essa porta. Vamos discutir de forma a equilibrar a concorrência, porque a posição do TJ é definitiva."

Temor

Enquanto ocorria a reunião, muitos motoristas aguardaram na porta da PBH, ocupando duas faixas da avenida Afonso Pena, na região Central da capital. Agentes da Guarda Municipal, da Polícia Militar e um carro do Choque estão no local.

Apesar do tom pacífico adotado pelo sindicato, o motorista Fábio Júnior Silva está revoltado com a decisão. "A concorrência é desleal, a situação como está é muito desigual. Nós lutamos muito pra ter uma placa". Para ele, os motoristas deveriam se juntar para fechar a cidade. "Vai ser Anel Rodoviário, Afonso Pena, Confins, Antônio Carlos. Por um dia ou dez, vamos parar tudo", opinia.Mariana Durães/Hoje em DiaCategoria aguarda a reunião do sindicato com o chefe do Executivo

Na quarta-feira (16), por sete votos a um, os desembargadores votaram pela liberação dos aplicativos de transporte privado em todo o Estado. Na prática, os motoristas não poderão ser multados pelos órgãos de fiscalização por exercerem o serviço. 

Na avaliação dos magistrados, a legislação, que exige credenciamento junto à BHTrans, com veículos e placas devidamente licenciados, não pode ser aplicada a esse tipo de serviço.

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