(Foca Lisboa/UFMG/Divulgação)
Milhares de trabalhadores técnico-administrativos, docentes e estudantes das universidades e institutos federais de todo o Brasil prometem paralisar as atividades nesta quinta-feira (14). Em Belo Horizonte, trabalhadores e estudantes da UFMG, Cefet-MG e Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG) participam de um grande ato, às 17h, na Praça Afonso Arinos, ao lado de outras categorias do serviço público, estatais e iniciativa privada.
Entre os objetivos da manifestação, segundo o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação da UFMG, Cefet-MG, UFVJM e IFMG (Sindifes), estão a denúncia dos cortes orçamentários no serviço público - que têm prejudicado o atendimento à sociedade, como no caso do Hospital das Clínicas da UFMG que fechou uma ala inteira de internação por falta de recursos -, as tentativas de privatização das instituições públicas - a exemplo das usinas hidroelétricas mineiras.
Ainda de acordo com o Sindifes, o ato também procura conscientizar a sociedade da importância de lutar contra as reformas da previdência e a anulação da reforma trabalhista, que, segundo o sindicato, retira os direitos dos trabalhadores, enfraquece a justiça trabalhista e os movimentos de reivindicações.
Em nota, o Hospital das Clínicas da UFMG negou que houve fechamento de alas dentro da unidade de saúde. A assessoria de imprensa do hospital informou que "O Hospital das Clínicas da UFMG, hospital 100% SUS, administrado pela Empresa Brasileria de Serviços Hospitalres (Ebserh) está funcionando com sua capacidade plena de internação em seus mais de 500 leitos, realização de consultas ambulatoriais e de urgência e exames laboratoriais.
O financiamento do Hospital das Clínicas não está ligado diretamente ao orçamento da UFMG, sendo ele custeado pela sua produção que é paga diretamente pelo SUS/Ministério da Saúde"
Corte de orçamento na educação
Segundo dados do Sindifes, neste ano o custeio das universidades foi reduzido em R$ 1,7 milhões. Os investimentos tiveram queda de R$ 40,1 milhões. Para a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), a redução e contingenciamento comprometem a expansão, consolidação e funcionamento das instituições federais de ensino. Algumas universidades acumulam contas de anos anteriores e não conseguem fechar a conta, mesmo com 100% de liberação de recursos.