(Arquivo/Hoje em Dia)
Funcionários, professores, técnico-administrativos, alunos e demais usuários na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) poderão ser identificados pelo nome social no âmbito da instituição. A medida que prevê a inclusão de travestis ou transexuais foi aprovada nesta terça-feira (7), pelo Conselho Universitário e agora aguarda apenas a aprovação do reitor da unidade de ensino. A medida garante a inclusão do pré-nome pelo qual pessoas travestis ou transexuais se identificam, são reconhecidos e identificados em suas relações sociais. A resolução será agora encaminhada para a assinatura do reitor Jaime Ramírez e posteriores publicação e divulgação. Para a vice-reitora Sandra Goulart Almeida, a decisão representa um importante avanço. “É uma atitude de respeito à identidade de gênero”, destaca ela, acrescentando que a medida comprova que a Universidade não se furta aos debates da contemporaneidade. Comissão A decisão sobre o uso do nome social de travestis e transexuais masculinos e femininas na UFMG resulta, entre uma série de iniciativas e debates, do trabalho de comissão instaurada há cerca de 11 meses para estabelecer parâmetros e regras internas da Universidade. O grupo também ajuda a criar regulamentação desse direito em todos os procedimentos acadêmicos no âmbito da Universidade. Composta por professores, alunos e servidores técnicos e administrativos e coordenada pelo professor Marco Aurélio Prado, da Fafich, a comissão recebeu contribuições de ativistas transexuais e travestis. Desde 2014, o Departamento de Registro e Controle Acadêmico (DRCA) atende pontualmente às demandas relacionadas ao uso do nome social.