A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) divulgou uma nota nesta quinta-feira (8) criticando a ação da Polícia Militar contra universitários, durante ato realizado na última quarta-feira (7). De acordo com o texto, assinado pelo reitor da instituição, Jaime Ramírez: "Foi uma ação ainda mais violenta do que aquela que a PM perpetrou no dia 18 de novembro passado. Repudiamos a ação da polícia, que, mais uma vez, se revelou despreparada para lidar com manifestações da sociedade”.
O ato, contrário à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que limita o teto de gastos públicos, ocorreu no fim da tarde de quarta-feira, na avenida Antônio Carlos, em frente ao campus Pampulha da UFMG. De acordo com o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, cerca de 120 pessoas fecharam a via no sentido Centro, ocupando todas as faixas da via, inclusive a pista exclusiva para o Move. Para impedir o fluxo, foi criada uma barricada com pneus em chamas.
A nota denuncia que, ao tentar reprimir o manifesto dos estudantes, os militares lançaram bombas de gás lacrimogênio e sinalizadores. Ainda conforme o texto, publicada no site da universidade, somente após contato do reitor com o gabinete do governador Fernando Pimentel, a PM se retirou do campus. O reitor voltou a cobrar um posicionamento do governo do Estado sobre a ação da polícia.
"No dia 18 passado, após ação de força desmedida e desproporcional reconhecida pelo próprio governador Fernando Pimentel, o reitor havia se reunido com o governador demandando rigorosa apuração dos fatos", diz a nota. “É inaceitável que a polícia entre no campus da UFMG, dispare e agrida estudantes, professores e servidores técnico-administrativos", protestou Jaime Ramírez no comunicado da universidade.
Leia mais: