Vá a pé ao trabalho: fazer faxina ou caminhar até o serviço pode evitar a morte, mostra estudo

AFP
horizontes@hojeemdia.com.br
23/09/2017 às 12:35.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:42
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

– Uma em cada 12 mortes no período de cinco anos pode ser evitada com apenas 30 minutos de exercício diário, uma rotina que pode ser composta de atividades simples como fazer faxina ou caminhar até o trabalho cinco dias por semana, revelou um estudo publicado na revista médica The Lancet.

“Ser muito ativo (750 minutos por semana) está associado a uma redução ainda maior”, disseram os autores da pesquisa em um comunicado. O estudo, que fez um acompanhamento de 130 mil pessoas em 17 países, confirma que, em uma escala global, a “atividade física está relacionada a um menor risco de mortalidade e de doenças cardiovasculares”.

150 minutos de exercícios de “intensidade moderada” são recomendados pela OMs a cada semana

A relação se dava sem importar o país, o tipo de atividade ou se esta fazia parte de uma classe, uma rotina de transporte ou de trabalho doméstico. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda pelo menos 150 minutos de exercícios de “intensidade moderada” ou 75 minutos de atividade aeróbica “intensa” a cada semana.

Benefício

De acordo com os autores, cerca de um quarto da população mundial não realiza estas rotinas. O novo estudo revelou que “caminhar, ainda que seja 30 minutos na maioria dos dias da semana, tem um benefício substantivo”, indicou o diretor da pesquisa, Scott Lear, acadêmico da Universidade Simon Fraser do Canadá.

O estudo incluiu participantes com idades entre 34 e 70 anos de meios urbanos e rurais em países ricos e pobres. Os indivíduos foram avaliados durante quase sete anos. Os cientistas compararam os dados das pessoas que sofreram ataques cardíacos, derrames e outras doenças com os níveis de atividade física que elas realizavam.

“Das 106.970 pessoas que seguiram as recomendações de atividade, 3,8% desenvolveram doenças cardiovasculares, em comparação com 5,1% das pessoas que não seguiram as recomendações”, afirmaram os autores.

“O risco de mortalidade também foi mais alto para pessoas que não fizeram o mínimo recomendado de atividade, com 6,4% contra 4,2%”, disseram os cientistas. 

A atividade realizada caminhando para transportes, efetuando um trabalho ou atividades domésticas foram as formas mais comuns de exercício, determinaram os pesquisadores.

“Em termos gerais, quanto maior o nível de atividade de uma pessoa, menor o risco de mortalidade e de sofrer de doenças cardiovasculares”, concluíram.

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