Suspeito de ter matado a namorada de 17 anos, o delegado Geraldo Toledo pode ter sua situação na Justiça agravada depois que imagens registradas por câmeras de um shopping popular, em Belo Horizonte, foram analisadas pela Corregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais.
Segundo o departamento, que confirmou nesta sexta-feira (7) a existência de tais gravações, o suspeito, de 41 anos, se envolveu em uma briga no Oiapoque e ainda teria ameaçado funcionários, um dia após Amanda Linhares ser baleada na cabeça.
A confusão teria começado quando Toledo procurava por um capacete. Ele teria se exaltado após se informar que o produto custava R$ 350 e tentado uma negociação oferecendo apenas R$ 250. A vendedora teria recusado, iniciando uma discussão.
O segurança do estabelecimento foi acionado e o delegado retirado do local. Neste momento, Toledo teria sacado uma arma e apontado contra o peito do vigilante.
Conforme a delegada Águeda Bueno, responsável pela investigação, a previsão é que inquérito sobre a morte de Amanda deve ser concluído até segunda-feira e a probabilidade é que o suspeito seja indiciado por homicídio.
Entenda o caso
A adolescente foi baleada na cabeça no dia 14 de abril, em Ouro Preto, na região Central do Estado. Na data, testemunhas informaram que o delegado e a garota teriam discutido dentro do carro de Toledo momentos antes de ela ser ferida.
Durante depoimento, o delegado afirmou que Amanda, que faleceu no último dia 3 de junho, teria atirado contra a própria cabeça. No entanto, o exame residuográfico sobre a suposta tentativa de suicídio da adolescente deu negativo. Diante do resultado, o delegado passou a ser o principal suspeito de ter atirando contra a namorada.
Segundo a Polícia Civil, essa não foi a primeira vez que o delegado teria agredido a jovem. Conforme a assessoria de comunicação da corporação, em março deste ano, Toledo chegou a ser indiciado pela Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente por agressão contra a jovem.
Já em 2011, o delegado foi detido em São Joaquim de Bicas, também na região Central de Minas. Ele também é investigado pela Corregedoria da Polícia Civil por receptação de veículos roubados e formação de quadrilha, mas responde em liberdade.