Roteiro definido, passagens compradas, mala pronta. Pouca gente se lembra, mas colocar o cartão de vacina em dia também é item obrigatório para quem está de viagem marcada. Doenças como febre amarela, hepatite A ou meningite C são ameaças para turistas desprevenidos que podem ter as férias frustrados por um simples descuido.

“Em alguns países, como Peru e Bolívia, a pessoa não consegue nem mesmo desembarcar se não tiver em mãos o certificado internacional de vacinação”, alerta Marilene Lucinda, responsável técnica pela área de vacinas e pelo serviço de Medicina do Viajante do laboratório Hermes Pardini.

Ela não se refere às doses obrigatórias aplicadas em campanhas de ampla divulgação. Mas às vacinas que devem ser tomadas para se proteger contra doenças comuns ou surtos nos destinos escolhidos.

Para passeios dentro do Brasil, ela indica que a tríplice viral (previne caxumba, sarampo e rubéola) esteja atualizada, assim como a tríplice bacteriana (para difteria, tétano e coqueluche). Meningite C, avisa Marilene, também é recomendada, por causa de surtos no passado.

Mas se a viagem for para fora do país, o ideal é procurar um médico ou o serviço de orientação ao viajante para se informar sobre as principais vacinas que devem estar em dia. Pelo site www.cdc.com/travel (em inglês), também é possível encontrar orientações.

Medicamentos

Quem faz uso frequente de remédios também deve ter atenção especial antes de viajar.

“É preciso ter um estoque do medicamente. De preferência, na própria embalagem, para não levantar suspeitas”, avisa Marise Oliveira Fonseca, idealizadora e coordenadora do Centro de Atendimento aos Viajantes, vinculado ao Hospital das Clínicas da UFMG.

Levar a receita médica também é aconselhado para o caso de a pessoa precisar comprar mais drogas durante a viagem. “Também é preciso ter cuidado com a água. Para garantir, sugerimos que comprem água mineral gasosa, para ter certeza que não foi adulterada. E evitem colocar gelo porque não é possível saber a procedência dele”, alerta.

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