Varredura dos Bombeiros expõe falhas de segurança em 60 lojas no Centro de BH

Malú Damázio
mdamazio@hojeemdia.com.br
01/06/2017 às 18:50.
Atualizado em 15/11/2021 às 16:50

Pelo menos 60 estabelecimentos comerciais do Centro de BH estão com sistema de prevenção de incêndios irregular. Em operação realizada ontem, o Corpo de Bombeiros vistoriou 300 lojas, restaurantes, farmácias e demais comércios próximos às avenidas Afonso Pena e Amazonas para verificar se a infraestrutura dos edifícios está de acordo com a legislação. Os demais espaços (80% deles) estavam regularmente protegidos.

Extintores vencidos, hidrantes obstruídos, falta de iluminação e sinalização de emergência foram os principais problemas encontrados na ação denominada Alerta Vermelho. Porém, nenhum dos lojistas sofreu punição. A operação teve caráter educativo e instruiu comerciantes sobre as medidas de segurança necessárias para evitar incêndios.

“Nossa intenção foi disseminar a cultura de prevenção, orientando sobre os itens necessários na edificação, como sinalização de emergência, rotas de saída bem dimensionadas, se a manutenção dos equipamentos está em dia. A ação não foi para multar”, explicou o coronel Marcus José Tibúrcio Lima, diretor de Atividades Técnicas da corporação.

Há previsão da operação também na Pampulha e em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte; datas das próximas vistorias ainda não foram definidas pela corporação

Os agentes também explicaram como obter o Auto de Vistoria do Corpo dos Bombeiros (ACVB), necessário para estabelecimentos comerciais.

Irregularidades

Em uma loja de brinquedos na rua Espírito Santo, o hidrante estava escondido atrás de caixas de carrinhos e bonecas. A mangueira do instrumento, que deve passar por manutenção uma vez ao ano, estava desatualizada, e não havia in]stalação de luzes de emergência.

“Em um incêndio, o espaço enche de fumaça e a visibilidade é muito reduzida. Não dá para enxergar a saída. É preciso ter luzes emergenciais indicando por onde escapar”, ressaltou o tenente Paulo Henrique Firme.

A gerente do comércio, Lílian Gonçalves, não sabia que os equipamentos tinham data de vencimento. “É para nossa própria segurança. Não fazia ideia que precisava trocar. A ação é muito boa, porque ficamos sabendo que a loja precisa estar com a prevenção em dia. É um aprendizado”.

Ao contrário do que muitos comerciantes pensam, regularizar o estabelecimento e torná-lo seguro contra incêndios não é dispendioso. “Arrumar a mangueira, deixar o hidrante desobstruído e instalar iluminação de emergência não são medidas caras. São alterações simples e baratas. Com R$ 20 você compra a luz e R$ 80, o extintor”, explicou o tenente.

Os seis extintores de um restaurante vistoriado pelos Bombeiros na rua Espírito Santo são trocados anualmente. Dois deles, inclusive, tinham acabado de chegar da manutenção. “Tentamos manter tudo certinho, mas acho importante a visita para corrigirmos as falhas. Há coisas que não percebemos”, afirmou a gerente da casa, Gislene Nicolau da Silva.

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