Saúde da visão: anel corrige córnea de paciente com ceratocone

Patrícia Santos Dumont
pdumont@hojeemdia.com.br
26/11/2012 às 09:58.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:37
 (Marcelo Prates)

(Marcelo Prates)

Se sua visão está embaçada e distorcida, o grau dos óculos aumentou em um intervalo inferior a um ano e distinguir letras como R e P ou números como 0 e 8 tem se tornado difícil, investigue. Esses são os sinais mais frequentes do ceratocone, doença genética e hereditária que afeta o formato e a espessura da córnea.

A boa notícia é que o problema, apesar de não ter cura, é controlável e pode ser tratado, quando identificado precocemente. O estagiário Luciano Rodrigues Pereira Júnior, de 21 anos, é um exemplo de que visitas rotineiras ao oftalmologista não fazem mal a ninguém.

Ele implantou, há quatro meses, um anel de Ferrara – método que “estica” a córnea e corrige as alterações estruturais – no olho esquerdo. “Tenho miopia e astigmatismo desde os 3 anos e sempre fiz consultas regulares. A suspeita surgiu pois o grau da miopia estava aumentando rapidamente”.

Técnica

O anel de Ferrara é implantado na estrutura da córnea, que é esticada como se fosse um “bastidor de bordadeira”, explica o médico Paulo Ferrara, inventor da técnica, em 2004. “Desta forma, a córnea que estava deformada volta ao formato mais semelhante a uma estrutura sadia”, diz o médico.

O presidente do Departamento de Oftalmologia da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), Luiz Carlos Molinari Gomes, afirma que somente um médico pode diagnosticar a doença. “Para isso, é realizado um exame topográfico, que detecta o grau de alteração da córnea”, afirma.

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