Visitação ao Museu de Arte da Pampulha será interrompida por cerca de dois anos

Iêva Tatiana - Hoje em Dia
20/02/2016 às 08:34.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:30
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

Às vésperas do resultado da candidatura do conjunto arquitetônico da Pampulha a Patrimônio Cultural da Humanidade, os belo-horizontinos ficarão sem um dos atrativos do complexo projetado por Oscar Niemeyer e Roberto Burle Marx. O Museu de Arte da Pampulha (MAP) será fechado em junho para obras de reestruturação, previstas para durarem cerca de dois anos.

No mesmo mês, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) anunciará a decisão sobre a concessão do título. De acordo com o presidente da Fundação Municipal de Cultura (FMC), Leônidas José de Oliveira, em junho e julho, apenas o interior do museu será reformado, para não prejudicar o visual externo da edificação.

“Imagina as pessoas chegando ao local e se deparando com um monte de andaimes? Por isso, retardei o início das obras externas para agosto”, disse.

O projeto de restauração do MAP prevê, dentre outras intervenções, adequação de acessibilidade (instalações sanitárias e de plataforma), restauração das esquadrias, recuperação e impermeabilização das lajes de cobertura e restauração dos espelhos de cristal belga que revestem as paredes do salão principal.

A obra está orçada em R$ 4,2 milhões. “Há três anos trabalhamos nesse projeto. É claro que ele está conectado à candidatura (do conjunto arquitetônico), mas não é uma exigência da Unesco”, afirma Leônidas.

Reabertura

Nos próximos dias, quem visita o cartão-postal de BH poderá apreciar a praça Dino Barbieri, que estava fechada para adequação ao projeto original, que inclui a integração à Igrejinha da Pampulha.

A construção de um Centro de Atendimento ao Turista (CAT), orçado em R$ 4,5 milhões, foi proibida pela Unesco. De acordo com o presidente da FMC, porque descaracterizaria o conjunto arquitetônico.

“Tem gente achando que perdemos dinheiro na praça, mas o CAT vai ser construído em outro lugar, que será definido pela prefeitura”, diz.
Futuramente, no entanto, a Dino Barbieri terá de passar por adequação paisagística. O prazo estipulado pela Unesco é de até cinco anos para conclusão dos trabalhos.

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