Convite ao brinde: mix de doce e álcool nos drinks rende bons sabores

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
26/02/2017 às 07:25.
Atualizado em 16/11/2021 às 00:43

A arte de combinar sabores doces com bebidas alcoólicas é capaz de despertar uma infinidade de sensações no paladar. Nos bares e restaurantes da capital, há múltiplas opções para todos os gostos e vontades de experimentar.

Vinícius Guimarães, bartender do Restaurante do Ano, na Savassi, se especializou na coquetelaria free style, em que um drink é criado na hora, seguindo as dicas e pedidos dos clientes. Diz que a dificuldade maior na preparação de algo fora do cardápio é a dúvida. Não dele, que domina essa arte.

“O problema é que muitas vezes as pessoas não sabem o que querem beber, talvez por não terem o costume de falar sobre o que agrada o paladar”, observa. “Com uma pequena conversa, normalmente consigo descobrir um caminho”, conta o bartender. 

Até os drinks mais clássicos, como Cosmopolitan, Dry Martini e Long Island, podem ganhar assinatura do bartender, que faz pequenas alterações nos ingredientes ou na maneira de preparar. “A Margarita, por exemplo, prefiro fazer com sal grosso moído, em vez do sal refinado, para a borda do copo não ficar tão salgada. O Manhattan prefiro servir com uma casca de laranja em vez de uma cereja, para não ficar tão doce”, sugere Vinícius. 

Legumes

Quem trouxe uma proposta bem diferente para a área de coquetelaria em Belo Horizonte foi o mixologista Felipe Moreira, do Sanville Grill, na Cidade Nova. Ele criou drinks a partir de legumes como beterraba, abóbora, cenoura e até o amargo jiló. 

A ideia é reaproveitar os insumos já presentes no preparos dos pratos do restaurante. Verdadeira alquimia. “Antes faço um processo com cada legume. Com a abóbora, por exemplo, faço uma espécie de caldo a ser usado no drink. E vejo também a combinação de cada sabor com a bebida certa. O jiló, mais amargo, combina com a tequila, enquanto cenoura casa bem com o gim”, explica. 

Drinks com legumes não causam desconfiança em um público acostumado a ver frutas nas criações? Sim. Por isso, há sempre um convite para a exploração. “Explico para o cliente que, se não gostar do drink, pode trocar. Assim, ele perde o receio de experimentar. Tem que provar para ver que é bom”. Dica de especialista. 

Para atrair a atenção dos clientes para a novidade, o restaurante passou a oferecer um combinado de drinks com petiscos também inusitados por R$ 35.

Promoção

Os drinks podem ser chamarizes para atrair clientes. Promoções sempre são bons chamarizes. No Piu Braziliano, localizado no Buritis, trabalha-se a ideia de “happy woman”, em referência ao termo “happy hour”. Se a casa receber um grupo com pelo menos três mulheres, elas recebem descontos nos drinks ou no espumante. 

O tradicional Sex on the Beach, por exemplo, custa R$ 19,90, mas sai por R$ 14 para as que toparem curtir o happy hour na casa. “Vi uma pesquisa que mostrava como as mulheres ganham menos que os homens, mesmo exercendo o mesmo cargo. Foi quando vi que seria bom um valor diferenciado”, explica Ricardo de Moura, proprietário do espaço. 

Restaurante do Ano: rua Levindo Lopes, 158, Savassi; Sanville Grill: Rua Alberto Cintra, 214, Cidade Nova; Piu Braziliano: av. Prof. Mário Werneck, 1441, Buritis

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