O talento está no DNA do chef Flavio Trombino

Eduardo Avelar
territorios@hojeemdia.com.br
03/07/2016 às 06:00.
Atualizado em 16/11/2021 às 04:08
 (Fernando Piancastelli/Divulgação)

(Fernando Piancastelli/Divulgação)

Iniciando esta série do projeto “Harmonizando com Alma”, o chef Flavio Trombino, cuja história recente na cozinha está sendo escrita a partir do aprendizado dentro de casa, com a mãe, Dona Nelsa do famoso Restaurante Xapuri.

Filho de artista, mas não se faz de rogado e está traçando o seu próprio caminho através da humildade dos grandes e muita criatividade, inspirado no conhecimento que tem buscado dia a dia nas relações com seus pares, chefs já famosos e experientes nas altas cozinhas e nas pesquisas incessantes pelo interior de Minas nas riquezas dos Territórios Gastronômicos.

Uma receita que homenageia e conta história

O chef Flavio Trombino preparou uma receita em homenagem à dupla de gourmets mais famosa de Minas Gerais em todos os tempos, os “artistas” Edgard Melo e Targino Lima. 

Esta homenagem se deu a partir da história contada pelo atual prefeito de Sabará, que também estava à frente da administração por ocasião da criação de um dos mais famosos eventos da cidade, o Festival do Ora-pro-nóbis. 

Ora-pro-nóbis, do latim “rogai por nós”, é um cacto trepadeira com folhas. Além de ser usada na culinária, pode ser transformada em cerca-viva

Segundo o prefeito Diógenes Fantini, a dupla de gourmets sugeriu para a Dona Maria Torres, proprietária de um sítio em Pompéu, que utilizasse os marrecos que estavam se reproduzido muito e superpovoando o lago da propriedade, e fizesse uma receita com a hortaliça. 

Com esta receita, a Dona Maria Torres, hoje reconhecida como grande mestra das cozinhas sabarenses, foi a primeira vencedora do Festival há mais de 20 anos, dando início à história que eternizou a fama da cidade com a suculenta ora-pro-nóbis.Fernando Piancastelli/Divulgação / N/A

Ingredientes

A receita do Flavio é um bolinho redondo e frito de banana, recheado com ora-pro-nóbis e marreco, e, para completar a criatividade, ele se utilizou de uma mostarda de jabuticaba produzida pela vovó Helê, outra lenda na cidade. Para finalizar, farinha de jabuticaba para empanar os bolinhos, dando-lhes uma cor da fruta ao natural.

Receita

Bolinho Edgard e Targino do chef Flavio Trombino

Ingredientes: 
300 g de farinha de trigo
50 g de amido de milho
30 g de sal
2 colheres de manteiga
300 ml de leite
500 g de marreco
4 cebolas
1 alho
Salsinha
Cebolinha
½ banana caturra
Alecrim desidratado
2 Kg de banha
Ora-pro-nóbis
Ovos
Farinha de rosca
Farinha de jabuticaba
Óleo
Mostarda de jabuticaba
Geleia de Ora-pro-nóbis

Preparo:

Temperar o marreco com pasta de alho e sal, salsinha e óleo, fritar em banha quente até dourar bem. Escorrer a banha e dourar a cebola junto. 

Acrescentar salsa, cebolinha e colocar 2 dedos do fundo da panela de caldo ou água. Cozinhar na pressão até ficar macio.

Em uma panela colocar leite para ferver com a manteiga e um pouco de sal. Adicionar a farinha de trigo e o amido de milho mexendo até engrossar até soltar do fundo da panela. Se precisar acrescentar mais leite ou farinha. Corrigir o sal.

Sovar a massa ainda morna até ficar bem lisa. Untar com manteiga as bananas com casca, salpicar alecrim e levar ao forno deixando assar bem (soltando a casca). Separar o alecrim e amassar a banana.

Moldar pequenas quantidades de banana rechear com o marreco e o ora-pro-nóbis cru picadinho e fazer bolinhas. 

Empanar passando na farinha de trigo, no ovo e, por fim, nas farinhas de rosca e de jabuticaba (50% de cada). Fritar em óleo quente. 

Escorrer em papel absorvente e servir com mostarda de jabuticaba e geleia de ora-pro-nóbis.

Harmonizando

1º Lugar
Por José Maria Carvalho da Mistral Importadora – SommelierDivulgação / N/A

Vinho: Pinot Noir Montes Seleccion 2013
Valor: R$ 98,06
Descrição: Um vinho fresco e frutado. Possui uma cor verde-amarelo claro; brilhante e clara. Os aromas apresentam a característica pura e intensa do Sauvignon Blanc, mostrando o potencial de sua origem de zonas frias no costeiro Vale de Leyda, onde os nevoeiros matinais e as baixas temperaturas prolongam o período de maturação das uvas.

2º Lugar

 Divulgação / N/A


Vinho: Bayanegra Tempranillo Rosado – Espanha
Valor: R$ 51,98

  

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