Vintage e moderno: móvel antigo dá um “up” no visual de casas e lojas, mas é preciso saber usa

Patrícia Santos Dumont
pdumont@hojeemdia.com.br
04/12/2016 às 08:48.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:56

Cômodas com pés palito, estofados em capitonê e cadeiras com encosto de palhinha se transformaram em objetos do desejo para quem curte dar um ar mais antiguinho aos ambientes. Antes restritas às casas, essas peças e outras tantas, que remetem a décadas e até a séculos passados, vêm ganhando lugar cativo também nos estabelecimentos comerciais. Charmosa e cheia de personalidade, a decoração vintage imprime autenticidade e ajuda até a desbancar a concorrência.

Em Belo Horizonte, o estilo foi escolhido pelo empresário Marcelo Jácome para decorar o recém-inaugurado Armazém e Empório Du Carmo, no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul. Estantes de metal e madeira, peças de acrílico, cores neutras e tinta com efeito de quadro-negro deram o tom do local, que ficou com cara de lojinha antiga de interior. 

“O vintage é carregado de personalidade e história e pode dar certo em qualquer lugar. É possível até mesmo reformar um móvel antigo. O ambiente fica muito mais autêntico e personalizado”, afirma a arquiteta e designer de interiores Simone Rocha. Ela chama a atenção, porém, para o casamento perfeito entre o estilo escolhido e a proposta do estabelecimento. “A decoração precisa se comunicar com produto e público-alvo”, diz.

SERVIÇO CLÁSSICO

Na Barbearia Torres, também em BH, parede de tijolinho, madeira, bancos de couro com detalhe em capitonê e uma identidade visual totalmente singular foram as apostas para repaginar o visual das duas unidades do negócio, nos bairros Caiçara (Noroeste) e Buritis (Oeste). O objetivo era mesclar passado e futuro, conforme o proprietário das casas, Edimar Torres. Divulgação

BARBEARIA TORRES - Parede de tijolinhos e mobiliário retrô conferem charme ao estabelecimento

“Barbearia tem tudo a ver com esse estilo. É um serviço antigo, clássico e faz muito sentido preservar uma estética que dialogue com outras épocas”, afirma Estela Netto, arquiteta responsável pelo projeto. 

Apesar de democrática, a decoração em estilo vintage, fora de casa, merece atenção especial, pois, em excesso, pode deixar o ambiente com jeito de “antiquário”. A dica é utilizá-la de maneira pontual, preservando alguns elementos modernos. “Para residências, não há certo e errado, depende da personalidade do dono. Nos negócios, não. Ali, a arquitetura está a serviço de um ideal, é uma maneira de posicionar-se no mercado. Precisa estar na medida”, ensina Estela Netto. 

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