A cada dez ações de fiscalização realizadas pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas (Crea-MG) são encontradas, em média, sete irregularidades na capital mineira. Dentre os principais problemas está a ausência de um profissional responsável.

Esse tipo de falha pode ter ocorrido na obra do prédio que desabou no bairro Planalto, na região Norte, nessa quarta-feira (21). A queda do edifício provocou a morte de uma idosa e deixou três pessoas feridas.

De janeiro a agosto deste ano, 2.044 multas foram aplicadas após ações realizadas pelo Crea na capital - média de oito por dia. A autuação pode chegar a mais de R$ 7 mil. No prédio que desabou não havia informações sobre a identificação do responsável técnico da construção.

O conselho atua em todo o Estado. No território mineiro foram mais de 39 mil ações, com 19 mil falhas encontradas. De acordo com o gerente de Fiscalização do Crea-MG, Nicolau Neder, o atual cenário é preocupante. “O número, infelizmente, é alarmante. Foram identificadas cerca de 20 mil irregularidades, o que é muito expressivo”.

Após a identificação de alguma irregularidade, o órgão inicia o processo de regularização da obra, solicitando ao proprietário ou responsável que apresente a documentação necessária que comprove que a construção ou reforma é acompanhada por um profissional. Caso o acompanhamento não seja identificado, o proprietário é multado. Os valores podem variar entre R$ 234 a R$ 7.039.

O fato de ter um profissional qualificado, inclusive, é um dos pontos principais para se evitar futuras tragédias. “Além de ser uma pessoa mais preparada, o Crea tem a quem acionar no caso de identificação de problemas. Por isso, a importância desta fiscalização”, acrescenta Nicolau Neder.

Para denunciar ou informar sobre um possível imóvel com irrregularidades, a população pode entrar no portal oficial do Crea, ou utilizar o aplicativo oficial (CREA-MG).

construção

crea-mg

minas