Abastecimento é retomado de forma gradativa Santo Antônio do Grama

Da Redação*
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14/03/2018 às 21:26.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:52
 (Núcleo de Crimes Ambientais/MPMG/DIVULGAÇÃO)

(Núcleo de Crimes Ambientais/MPMG/DIVULGAÇÃO)

O fornecimento de água em Santo Antônio do Grama, na Zona da Mata, foi retomado, ontem, de forma gradativa, após um mineroduto se romper e poluir o ribeirão Santo Antônio. O acidente ocorreu na última segunda-feira. No manancial, era feita a captação destinada à população de aproximadamente 4 mil pessoas.

Após uma reunião com a participação da prefeitura, a Copasa e a mineradora Anglo American decidiram realizar uma captação alternativa no córrego do Salgado, a 600 metros da Estação de Tratamento de Água (ETA) do município. Somente nesta sexta-feira deve ser finalizada uma obra para a implementação de uma adutora definitiva no subsolo no mesmo curso d’água.

O abastecimento na cidade tem sido feito por meio de caminhões-pipa. Água mineira também tem sido distribuída à população. Os custos são de responsabilidade da mineradora.

Após o rompimento, 300 toneladas de polpa de minério vazaram. Segundo a mineradora, o material não possui substâncias químicas ou tóxicas, sendo classificado como resíduo não perigoso. 

“Os monitoramentos ao longo do dia no Ribeirão Santo Antônio mostraram uma melhora significativa da qualidade da água. A pluma chegou à confluência do rio Casca, porém, já bastante diluída, e não comprometeu a qualidade da água. A Estação de Tratamento de Água de Rio Casca segue operando normalmente. O trabalho de retirada de sedimentos da calha do curso d’água começa na quinta”, informou a Anglo American.

A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad) e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) ainda avaliam o ocorrido e, até o momento, não há decisão sobre penalidades. O Ministério Público Federal instaurou inquérito para apurar o caso.

Bloqueio
Já o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ajuizou na terça-feira ação civil pública contra a Anglo American, pedindo a adoção de medidas emergenciais. O órgão quer o bloqueio de R$ 10 milhões da mineradora para garantir a reparação e indenização dos danos causados pelo acidente.
* Com Agência Brasil

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