A palavra de ordem era "Não vai ter golpe, vai ter luta!" na manifestação de resistência pela democracia, a favor do ex-presidente Lula, do PT e da presidente Dilma Rousseff. O movimento reuniu ao todo 100 mil pessoas no centro de Belo Horizonte na noite desta sexta (18), de acordo com os organizadores. Segundo a PM, foram 18 mil.
O movimento reuniu crianças, jovens, adultos e idosos, de todas as classes sociais, brancos, negros e mulatos. Estavam presentes manifestantes não apenas da capital e região metropolitana, mas também de várias cidades do interior do Estado.
A passeata começou por volta das 16h na sede do Incra, no alto da avenida Afonso Pena, com o MST, e desceu até a praça Afonso Arinos. De lá, eles percorreram ruas do centro, passaram pela praça Sete e terminaram na praça da Estação.
Três carros de som foram palanque aos discursos de deputados, sindicalistas e líderes da esquerda. Além disso, houve pelo menos dois grupos de percussão. "Hoje estamos iniciando a nossa guerra, a nossa luta", afirmou o prefeito de Contagem, Carlin Moura.
Já o deputado federal pelo PT, Reginaldo Lopes, afirmou que Dilma ganhou as eleições legitimamente nas urnas e não há nenhum motivo para tirá-la do Planalto. Em um dos carros de som havia uma faixa defendendo o petróleo como patrimônio do povo. Uma das teses da esquerda é que os adeptos da tese do impeachment querem enfraquecer a Petrobras para vendê-la ao capital estrangeiro.
Em alguns momentos houve desavenças entre manifestantes e pessoas a favor do impeachment. Em alguns prédios, moradores bateram panelas, e motoristas buzinaram e faziam gestos obscenos.