Maior tragédia da história de Minas, o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, da mineradora Vale, deixou 270 mortos em Brumadinho, na Grande BH. Até o momento, as 265 vítimas encontradas foram identificadas. Cinco pessoas ainda estão desaparecidas.

A identificação dos corpos - em alguns casos, segmentos corporais - só foi possível graças ao trabalho feito no Instituto Médico-Legal (IML), no bairro Gameleira, em Belo Horizonte. A perícia, no entanto, foi extremamente complexa.  

Grande parte dos materiais genéticos localizados pelo Corpo de Bombeiros na área do rompimento chegava ao IML segmentada, extremamente decomposta e contaminada pelos metais presentes na lama.

Profissionais foram contratados para ajudar no trabalho da perícia. A tecnologia também foi essencial. O instituto recebeu equipamentos modernos - a maior parte doada pela mineradora. 

Na última segunda-feira (2), três anos e três meses após a tragédia, a ossada de mais uma vítima foi encontrada. No departamento de antropologia do IML, os peritos identificaram ser Luiz Felipe Alves, engenheiro de produção, natural de Jundiaí (SP), funcionário da Vale. Ele tinha 30 anos na data do rompimento.

Sem identificação

Conforme o Hoje em Dia mostrou, pelo menos 2 mil restos mortais sem identificação estão no IML. São corpos, segmentos corpóreos, amostras de sangue, ossadas e arcadas dentárias armazenados na única unidade do Estado que faz as perícias especializadas.

Localizar as famílias - que precisam fazer exames para comprovar o parentesco com a vítima - é o maior desafio. Porém, a falta de recursos e de profissionais com habilidades científicas ajudam a explicar os números, que afetam diretamente quem está em busca de um desaparecido. Os trabalhos são feitos por 256 médicos-legistas.

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