Em pronunciamento na noite desta terça-feira (25), o governador Antonio Anastasia pediu que os protestos previstos para esta quarta-feira (25) em Belo Horizonte sejam pacíficos e afirmou que o governo garantirá o direito da população à livre manifestação em Minas Gerais. Além disso, Anastasia anunciou sete encaminhamentos que foram definidos durante uma reunião com dez representantes do Comitê Popular dos Atingidos pela Copa (Copac). Um dos compromissos firmados pelo governador foi de receber novamente os manifestantes para discutir uma pauta de reivindicações do movimento, que ainda será definida em assembleias populares realizadas junto à população. No último domingo (23), o Copac definiu dez plataformas que vão do transporte público à questão dos direitos humanos e que vão nortear a elaboração da pauta de reivindicações. De qualquer forma, o governador já se comprometeu a trabalhar para a melhoria dos serviços públicos na capital mineira, como já havia sido anunciado pela presidente Dilma Rousseff na segunda-feira (24). Segundo o representante do Copac, Gladson Reis, a reunião com o governador apenas cumpriu seu papel. "Não foi positiva, nem negativa. Na próxima semana será marcada uma nova reunião com os integrantes do Copac para a discussão das reivindicações". Gladson também ressaltou que o governo garantiu o direito à livre manifestação e a segurança das pessoas presentes no protesto. "Qualquer violação dos direitos humanos será responsabilidade do Estado", completou. Contradição Apesar de garantir o direito à livre manifestação, o governo do Estado ingressou com uma ação contra o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) e o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil Estado de Minas Gerais (Sindpol/MG). A liminar foi deferida pela Justiça mineira e impedia qualquer manifestação em todo o Estado durante os jogos da Copa das Confederações. Entretanto, no dia 19 de junho, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, cassou a medida por considerar "legítimas as manifestações populares realizadas sem vandalismo, preservado o poder de polícia estatal na repressão de eventuais abusos".