Após fechamento de comércio não ter aumentado isolamento em BH, Kalil pede apoio da população

Anderson Rocha
@rochaandis
21/07/2020 às 14:14.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:05

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), pediu ajuda à população para reforçar o isolamento social. Segundo o gestor, a Guarda Municipal fiscaliza, mas é muito difícil controlar tudo pois a "cidade é muito grande" e há "falta de empatia" por parte dos cidadãos. 

As declarações foram dadas durante entrevista à TV Globo Minas, na tarde desta terça-feira (21). Kalil foi questionado sobre o fato de o fechamento do comércio, decretado pelo prefeito, não ter gerado melhoria nos índices de isolamento social na cidade.

Conforme dados de domingo (19) da prefeitura, o índice de isolamento na capital está em 54,5%. Os dados são apurados pela PBH com as empresas de telefonia.

"Todo nosso efetivo da Guarda está por conta disso, mas a cidade é muito grande. Nós não somos Vitória (ES), Florianópolis (SC): somos a terceira capital do país. A indisciplina, o egoísmo, a falta de empatia de alguém [que não respeita o isolamento] ela tem que ser vista com indignação. Tenho ajuda da PM, que tem contribuído muito, mas nós precismaos da ajuda da população", declarou.

Transporte coletivo

Além dos desafios diante da pressão para a abertura dos bares e restaurantes e do próprio isolamento em si, Kalil afirmou que outro problema "gravíssimo" enfrentado na cidade é relacionado à circulação dos ônibus. 

Segundo o gestor, a prefeitura já realizou mais de 70 reuniões com entidades de classe, incluindo encontros com empresários do transporte público de BH, para tentar encontrar soluções às diversas questões. 

Entre elas, as empresas de ônibus reclamam que as medidas de segurança impostas pela prefeitura de BH, como o fechamento das lojas, estão causando prejuízos diários ao setor. Além disso, como mostrou o Hoje em Dia, há desrespeito da obrigatoriedade de disponibilidade de álcool em gel em coletivos e da quantidade de pessoas em pé nos veículos.

"Trouxemos o Ministério Público para a mesa. Não posso fazer algo fora da lei. Não posso dar dinheiro para empresário de ônibus, eu tenho que achar uma solução", afirmou o gestor. 

A reportagem entrou em contato com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setra BH) e aguarda um retorno.

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