(Eugênio Moraes)
A primeira etapa das obras do Hospital Doutor Célio de Castro, mais conhecido como Hospital do Barreiro, foi inaugurada na manhã deste sábado (12), data do aniversário de 118 anos de Belo Horizonte. Sete anos após o início das obras – interrompidas e atrasadas durante esse período –, a unidade de saúde começará a operar parcialmente a partir do próximo domingo (13).
Por enquanto, os pacientes terão à disposição apenas o pronto atendimento, que oferece 47 leitos (39 de observação, seis de CTI e dois de emergência). A previsão é a de que os demais setores da unidade comecem a funcionar gradativamente, ao longo do próximo ano. A demora na entrega do hospital foi justificada pelo prefeito Marcio Lacerda.
“Recebemos muitas críticas porque a obra demorou, mas ampliamos os leitos de 329 para 449, aumentamos em 12 mil metros quadrados a área e o CTI, que teria 40 leitos, passou a ter 80. Na primeira etapa, a empresa abandonou a obra cheia de problemas que tivemos que consertar. Isso tudo gerou aumento de custo, sobre o qual ainda incidiu a inflação”.
Dificuldades
De acordo com o prefeito, um dos maiores desafios, agora, será o custeio do funcionamento do hospital – de atendimento exclusivo pelo Sistema Único de Saúde (SUS) –, estimado em R$ 150 milhões anuais, com a unidade em pleno funcionamento.
“O SUS está no limite e as tabelas têm que ser complementadas pelos municípios e estados. O governo está fazendo cortes na Saúde. A situação não está sendo bem avaliada”, afirmou o prefeito.
O secretário estadual de Saúde, Fausto Pereira dos Santos, reafirmou, em nome do governador de Minas, Fernando Pimentel, o compromisso do Estado em investir no novo hospital para que ele possa ser ativado plenamente.
“Claro que ainda temos deficiências a sanar, mas, do ponto de vista de infraestrutura, demos um salto muito significativo”, disse o secretário.
Estrutura
Ao todo, o Hospital do Barreiro recebeu, aproximadamente, R$ 346 milhões em investimentos da Prefeitura de Belo Horizonte (R$ 59,7 milhões), do governo de Minas (R$ 63,1 milhões) e de parceiro privado (R$ 223,5 milhões).
A segunda etapa da construção foi realizada por meio de parceria púbico privada (PPP), após licitação vencida pelo Consórcio Novo Metropolitano, responsável, também, pela manutenção da unidade e pelos serviços de lavanderia, hotelaria e estacionamento, durante 20 anos.
Dos 449 leitos totais, 320 serão de internação, 80 de CTI, 39 de pronto atendimento, 10 nas salas de emergência/procedimentos especiais no pronto atendimento, que ainda terá 20 postos de observação.