Ataques a ônibus assustam passageiros e funcionários na Grande BH

Mariana Durães
mduraes@hojeemdia.com.br
17/04/2018 às 19:08.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:23
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A cada semana, pelo menos um ônibus é incendiado na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Só nos últimos cinco dias, criminosos atearam fogo em sete coletivos. Os ataques, além de prejudicar o serviço de transporte, deixam passageiros e funcionários amedrontados. 

A prestação do serviço começa a ficar comprometida. O veículo queimado por bandidos na noite de segunda-feira no bairro Piratininga, em Venda Nova, na capital, não será reposto, anunciou o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH).

Até então, um novo ônibus era colocado no lugar do incendiado. Porém, agora, a entidade diz que o sistema de transporte está financeiramente inviabilizado.

Cada coletivo queimado custa cerca de R$ 400 mil na conta das empresas. Só em 2018, o prejuízo já chega a R$ 6 milhões.

Os usuários também são afetados. De acordo com o sindicato das empresas, em média, 500 passageiros ficam sem o ônibus quando ele é retirado de circulação por conta dos crimes.

Enquanto o veículo danificado não é reposto, é preciso reduzir o número de viagens da linha.

Ações

Neste ano, pelo menos 16 coletivos foram alvos de ba região metropolitana. Desse total, seis na capital mineira e dez nas cidades vizinhas.

A Grande BH tem registrado ataques em série desde a noite de quinta-feira. No dia, houve ocorrências de queima de ônibus na capital, Contagem, Brumadinho e São Joaquim de Bicas. Nesse último município, seis suspeitos que estariam ligados ao incêndio foram presos em flagrante.

Outros três episódios foram registrados na sexta, domingo e segunda-feira.

Investigações

Os crimes estariam ligados a reivindicações de melhorias nas penitenciárias do Estado, conforme bilhetes deixados pelos bandidos durante o vandalismo.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) diz aguardar a conclusão das investigações, pela Polícia Civil, para averiguar o suposto envolvimento de detentos nos casos. Por sua vez, a corporação afirma ainda não ser possível dizer se os crimes estão relacionados a presidiários. 

Já a Polícia Militar (PM) afirma ter reforçado a patrulha nos pontos de ônibus e “trabalhado para identificar os autores”. Os locais onde o policiamento foi reforçado não foram divulgados pela corporação. 

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