AVC - socorro imediato para evitar sequelas

Patrícia Santos Dumont - Do Hoje em Dia
24/09/2012 às 10:16.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:32
 (Maurício de Souza)

(Maurício de Souza)

Dor de cabeça aguda ou na nuca, dificuldade para falar, tontura, perda repentina da força muscular ou da visão, formigamento em um dos lados do corpo e alteração da memória são os sintomas clássicos de uma das doenças que mais matam no Brasil, segundo o Ministério da Saúde: o Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Do diagnóstico ao tratamento, o processo deve ser rápido. Quanto menos tempo decorrido, menores as chances de sequelas, como deterioração da fala, desordens neurológicas e paralisia.

O vendedor José Vanderlei San Juan, de 64 anos, por exemplo, esperou por quase quatro horas um atendimento médico, em 2009, quando sofreu um AVC isquêmico.

Hoje, em tratamento em uma casa de repouso, não fala, mas se recupera bem. Com as sessões diárias de fisioterapia, consegue sustentar o peso do próprio corpo e ensaia alguns passos.

Segundo um dos filhos do vendedor, Marcos Henrique, de 30 anos, bebida e cigarro foram as causas apontadas pelos médicos para o AVC.
 
Agilidade

A demora no atendimento médico, entretanto, foi o motivo crucial para que a recuperação lenta do paciente. “Se ele tivesse sido rapidamente atendido, poderíamos ter evitado tantas sequelas e esse tratamento tão desgastante”, afirma.
 
O coordenador do Serviço de Neurologia do Hospital Vera Cruz, em Belo Horizonte, Gustavo Daher, alerta para o diagnóstico preciso e enfatiza a importância do atendimento de emergência.

“Isquêmico ou hemorrágico, o AVC é sempre traumático, pois gera limitações cognitivas e motoras no paciente”, afirma. “É fundamental evitar, portanto, o desenvolvimento da doença, mas, quando diagnosticada, deve ser tratada eficazmente e com agilidade”, ressalta.

Perigos

Entre os fatores de risco, estão hipertensão arterial, colesterol alto, tabagismo, diabetes, histórico familiar, ingestão de álcool e cigarro e ainda sedentarismo, excesso de peso e estresse.

Nenhum dos itens fazia parte da vida da aposentada Águida Mendes Brumano, de 77 anos, que sofreu um AVC em 2008. Fraqueza muscular e enrijecimento facial. O atendimento foi rápido.

Hoje, se não fosse a medicação que precisa tomar diariamente para evitar um novo AVC, ela nem se lembraria da doença. “Não fiquei com nenhuma sequela”, diz.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, entre julho de 2011 e junho deste ano, 21.674 pacientes foram internados em todo o Estado vítimas de AVC. Desse total, 2.967 morreram.

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