Em março

Bancos, água, luz e internet encabeçam dívidas do morador de BH; média é de R$ 5 mil

Cadastro de inadimplentes na capital registrou aumento de 2,96% em comparação ao mesmo período do ano passado

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
22/04/2024 às 13:59.
Atualizado em 22/04/2024 às 14:51
Com uma média de duas dívidas por CPF, os principais débitos são referentes a bancos (65,52%) (Arquivo/ Agência Brasil)

Com uma média de duas dívidas por CPF, os principais débitos são referentes a bancos (65,52%) (Arquivo/ Agência Brasil)

O mês de março terminou com os belo-horizontinos devendo, em média, R$ 5 mil. As principais dívidas, segundo levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), com dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), foram referentes a bancos, água e luz e serviços de comunicação (internet). As mulheres e a população entre 25 e 39 anos são principais inadimplentes.

Com uma média de duas dívidas por CPF, os principais débitos são referentes a bancos (65,52%), água e luz (16,16%), serviços de comunicação (6,62%) e comércio (3,55%). Dentre os grupos geracionais, a população entre 30 e 39 anos é a que acumula maior valor médio devido: R$ 6.070,63. 

“Esse grupo possui contratos estudantis com pagamento atrasado ou em negociação, o que faz com que o valor devido por ele seja maior. Além disso, são pessoas com a vida social, profissional e pessoal bastante ativas, o que os torna mais propensos a gastos”, explica o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva. 

Veja o valor médio devido por idade:

18 a 24 anos: R$ 3.362,71
25 a 29 anos: R$5.093,73
30 e 39 anos: R$ 6.070,63
40 a 49 anos: R$ 5.542,41
65 a 84 anos: R$ 4.045,55

Participação de cada faixa etária no cadastro de inadimplentes:

18 a 24 anos: 4,48%
25 a 39 anos: 32,37%
40 a 64 anos: 45,67%
Acima de 65 anos: 17,3% 

A CDL salienta que, de forma geral, o cadastro de inadimplentes em BH registrou um aumento de 2,96% em março deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado, sendo as mulheres o maior número de registros negativos (47,41%).

O valor devido pelos homens é maior, com um saldo negativo de R$ 5.298,84 para eles - e R$ 4.919,60, para elas. 

“O corte por gênero revela que os rendimentos habituais recebidos pelas mulheres possuem desempenho inferior ao dos homens em Belo Horizonte. Elas também são as responsáveis pelas compras de manutenção da casa e, por vezes, assumem muitas despesas sozinhas”, pondera Marcelo de Souza e Silva. 

Em relação ao número de dívidas, em março deste ano houve um crescimento de 6,92% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já na comparação com fevereiro, houve um recuo de 0,4%. 

“Ainda que o valor médio devido pelos belo-horizontinos seja significativo, identificamos uma estabilização, tanto desse valor quanto do número de dívidas. A dinâmica mais favorável da economia ajudou a estabilizar os índices e melhorar a renda disponível na economia”, finaliza Marcelo de Souza e Silva. 

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