Saúde

Bancos de leite em BH arrecadam 30% abaixo da quantidade ideal

Rodrigo de Oliveira
19/07/2022 às 10:04.
Atualizado em 19/07/2022 às 10:04
Hospital Sofia Feldman e Maternidade Odete Valadares estão com estoques de leite abaixo do ideal  (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Hospital Sofia Feldman e Maternidade Odete Valadares estão com estoques de leite abaixo do ideal (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Fundamental para a nutrição e o desenvolvimento de recém-nascidos, o estoque de leite materno anda abaixo do ideal em Belo Horizonte. Na Maternidade Odete Valadares foram arrecadados, entre janeiro e abril deste ano, uma média de 177 litros de leite por mês - quase 30% menos do que o volume considerado satisfatório pela instituição, de 250 litros.

Os dados são de uma nota técnica da Câmara Municipal de Belo Horizonte, divulgada em uma audiência pública realizada em junho, da  Comissão de Mulheres, que debateu a baixa nos estoques de leite nas maternidades do município. 

O leite coletado é distribuído, principalmente, para bebês internados, cujas mães não têm condições de amamentar. Com o alimento, cai o risco de hipoglicemia, queda na imunidade e desnutrição dos recém-nascidos.

Preocupados em buscar estratégias que possam estimular a doação, os parlamentares programaram três visitas técnicas a banco de leite e postos de coleta.

“Em Brasília, o Corpo de Bombeiros ajuda nessa coleta. Pode ser uma alternativa em Minas para ajudar a diminuir o problema”, afirma a vereadora Fernanda Pereira Altoé (Novo), que solicitou as visitas junto com a Professora Marli (PP).

Nesta segunda (18), foi a vez do Hospital das Clínicas e da Maternidade Odete Valadares. Já na quarta-feira (20), está prevista uma visita ao Hospital Odilon Behrens.

Além da Odete Valadares, da Rede Fhemig, a capital também conta com outro banco de leite no Hospital Sofia Feldman, onde os estoques também estão baixos.

De acordo com Cintia Ribeiro, coordenadora do banco de leite humano do hospital, “o normal era pasteurizar o leite de segunda a sexta e, agora, chegamos a pasteurizar menos de 3 vezes por semana devido ao baixo estoque", alerta.

Segundo ela, com a melhora dos indicadores da pandemia, a volta do trabalho presencial impactou as doações. "Um dos fatores é a volta das mulheres ao trabalho presencial, que faz com que elas guardem o leite para seus próprios filhos e não sobre para doação”, explica. 

Além dos dois bancos de leite, únicos locais autorizados a pasteurizar e distribuir o leite para os recém-nascidos, BH também conta com 7 postos de coleta, que recebem o leite e enviam para os bancos. Também há 23 unidades de coleta - serviços que funcionam em um centro de saúde e que estão vinculados a um posto de coleta, para o qual enviam o leite humano doado. 

Mães que desejarem se cadastrar como doadoras ou que estejam com dificuldades no aleitamento podem entrar em contato com o posto de coleta da Maternidade Odete Valadares pelos telefones (31) 3298-6008 e (31) 3337-5678 ou no Hospital Sofia Feldman pelo número (31) 3433-7496. 

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