Um ônibus metropolitano, da linha 1280 (Lindeia/BH) foi incendiado na madrugada deste sábado (3), no bairro Jardim Riacho, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Além do incêndio, os criminosos deixaram com o motorista do coletivo um bilhete, em que faziam referência a supostos casos de maus tratos no Complexo Peninenciário Nelson Hungria e prometiam novos ataques.
De acordo com informações da Polícia Militar, o crime aconteceu por volta da meia-noite, quando o condutor estacionava o veículo próximo à empresa de transporte. O homem, então, foi abordado por dois outros rapazes, que chegaram em uma motocicleta. Depois de jogarem gasolina na parte externa e interna do coletivo, os criminosos entregaram uma carta com ameaças de novos ataques.
Segundo a PM, o bilhete entregue ao motorista fazia referência ao Presídio Nelson Hungria, e continha o seguinte texto: "O papo está sendo dado. Se não parar com a palhaçada na Nelson Hungria, essa oprimissão (sic), vai cair um agente podria, vai ser queimado um posto de gasolina por semana e um ônibus por dia. O papo foi dado".
O fogo ateado no ônibus danificou bancos, cortina e a parte externa do veículo.
Os suspeitos ainda não foram identificados. A Polícia Civil investiga o caso.
A Secretaria de Estado de Administração Prisional informou que que ''não é possível estabelecer relação entre o fato ocorrido e o sistema prisional até que a Polícia Civil conclua as investigações criminais. Em relação ao conteúdo do do bilhete, a SEAP está adotando providências para apurar a veracidade do conteúdo".
Outros ataques
Não é o primeiro ataque a coletivos nos últimos dias. Na último domingo (28), outro coletivo foi incendiado em Contagem. Na ocasião, os criminosos também entregaram um bilhete com os dizeres: "Queremos que parem com a opressão na porta da Nelson Hungria, falta de respeito dos agentes na visita, opressão do GIT (Grupamento de Intervenção Tática dos Agentes Penitenciários), e falta de água há 48 horas nas celas. Queremos providências”.
Situação do Presídio
No domingo (28), um vídeo que circulou nas redes sociais denunciava a falta de água dentro da unidade prisional. No presídio, detentos atearam fogo no corredor dos pavilhões e pediram providências a respeito da falta de água. No dia anterior (27), oito presos haviam fugido do complexo penitenciário.