(Flávio Tavares/Hoje em Dia)
Cerca de 1,5 milhões de crianças foram mortas durante o Holocausto. Para relembrar essa triste parte da história da humanidade, a Galeria de Arte Paulo Campos Guimarães da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa recebe, desde o dia 7, a exposição Tão somente crianças: infâncias roubadas no Holocausto. A mostra, promovida pela Wizo Minas Gerais e com curadoria do Museu do Holocausto de Curitiba, é aberta ao público, com visitação gratuita, até o dia 31 de outubro. A exposição foi criada com um acervo especial do Museu do Holocausto, sediado em Curitiba, que recebeu contribuições de sobreviventes e instituições ligadas à memória do Holocausto. Belo Horizonte é a quarta capital a receber a mostra. Na visitação, as pessoas conhecem histórias de resistência e sobrevivência, além de informações históricas distribuídas em 26 painéis. Há exibição de um vídeo com depoimentos e peças que retratam a memórias das vítimas, como documentos de nacionalidade, cartões postais de campos de concentração, cartas de familiares e objetos pessoais. Segundo a presidente da WIZO em Minas Gerais, Maria Auxiliadora Buelli, o objetivo é, por meio de um exemplo trágico da história, não permitir novos casos de violência contra crianças. “Queremos demonstrar que a violência não pode ser aceita como inevitável ou normal, e que todas as formas de agressão provocam lesões duradouras na vida dessas crianças, afirmou. A exposição termina com um painel colorido que registra os direitos internacionais das crianças pela Unicef, intercalados por gavetas que o público pode abrir e se surpreender com reproduções de brinquedos e objetos relacionados à infância. Outras gavetas permanecem fechadas, simbolizando as infâncias roubadas no Holocausto.