Risco à saúde

BH tem mais de 430 'bota-fora' clandestinos; despejo inadequado é crime ambiental

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
27/06/2023 às 11:48.
Atualizado em 27/06/2023 às 18:18
 (Reprodução / Google Maps)

(Reprodução / Google Maps)

Apesar de contar com dezenas de pontos de coleta em todas as regiões da cidade, Belo Horizonte tem, atualmente, 433 locais que funcionam como “bota-fora” clandestinos, e recebem todos os dias grande quantidade de entulho e lixo. Além do acúmulo de sujeira, que pode atrair ratos, escorpiões e baratas, lançar resíduos em locais proibidos é crime ambiental e pode ser penalizado com pagamento de multa.

Na rua Gilson Bretas, esquina com a avenida Cristiano Machado, altura do bairro Primeiro de Maio, região Norte da capital, a equipe do Hoje em Dia encontrou um destes pontos em frente uma passarela que dá acesso à Escola Estadual Professor Hilton Rocha. 

Restos de construção civil, como portas e janelas, e até um sofá já foram depositados no local. Além do perigo de contato com animais, o excesso de lixo pode obstruir a passagem de alunos e outros pedestres pelo único acesso disponível para atravessar a avenida com segurança. Nesta terça-feira (27), nossa reportagem encontrou um caminhão e uma equipe da PBH fazendo a limpeza do local.

(Valéria Marques / Hoje em Dia)

(Valéria Marques / Hoje em Dia)

Uma moradora que não quis se identificar, revelou que ela já jogou lixo lá, mas parou. Disse ainda ser comum moradores da região jogarem restos de obra, caixotes, e até móveis velhos. “Eu estava usando muito ali e todos na região tem o hábito de usar ali como local de coleta".

Segundo a prefeitura de BH (PBH), apesar da execução de políticas públicas e limpeza frequente destes locais o problema continua e depende da conscientização da população. Um levantamento da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) mostra que, no ano passado, a PBH recolheu 61,5 toneladas de entulho em depósitos irregulares.

(Valéria Marques / Hoje em Dia)

(Valéria Marques / Hoje em Dia)

Políticas públicas

De acordo com a PBH, atualmente a capital conta com 34 unidades Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes (URPV) da SLU para descarte correto de entulhos de construção e demolição, madeira, pneus, podas de árvores e jardins e móveis velhos, entre outros. Cada cidadão pode destinar até 1m³ de resíduos por dia. 

Outro programa da SLU que visa combater os bota-foras é o “Ponto Limpo”, que transforma áreas degradadas em ambientes saudáveis para a comunidade. Segundo a PBH, antes da implantação de um Ponto Limpo, é feita uma campanha educativa com toda a vizinhança do entorno.

A PBH destaca que a participação e comprometimento da comunidade com a manutenção da limpeza do local e com a preservação do Ponto Limpo é essencial para o programa. 

A prefeitura ressalta ainda que despejar resíduos em vias públicas, lotes vagos e encostas, é passível de multa, de acordo com a legislação de limpeza urbana nº 10.534/2012.

(Valéria Marques / Hoje em Dia)

(Valéria Marques / Hoje em Dia)

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