Um trecho da avenida Risoleta Neves, próximo à UPA Norte, também deixou de contar com a fiscalização eletrônica desde o fim de novembro do ano passado (Valéria Marques)
Quatro meses após retirar 43 radares das ruas e avenidas de Belo Horizonte, devido ao fim de contratos com a empresa proprietária dos equipamentos, a prefeitura informou que vai implantar 90 dispositivos na cidade. São aparelhos de excesso de velocidade, avanço de semáforo, conversão proibida e invasão de faixa de ônibus. Porém, o anúncio carece de detalhamentos, que não foram dados pelo Executivo.
Não se sabe, por exemplo, quando os radares serão instalados nem tampouco quando começam a multar. Os trechos escolhidos também não foram divulgados. Conforme a administração municipal, “neste momento as equipes estão preparando os locais, implantando as estruturas e a sinalização viária necessária”.
Aferições do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) já estão sendo realizadas. A prefeitura prometeu colocar faixas de pano “com antecedência” para informar motoristas e pedestres assim que cada um dos equipamentos entrar em operação.
Em dezembro, o Hoje em Dia mostrou a desativação de 43 radares, medida que, conforme especialistas de trânsito, aumenta os riscos de acidentes na capital. Na época, a PBH informou que já havia iniciado os trâmites para a contratação de novos equipamentos e que, “em breve”, os equipamentos seriam instalados nos mesmos locais, o que não ocorreu até hoje.
Um dos equipamentos retirados ficava na avenida Cristiano Machado, em frente ao nº 673, altura do bairro da Graça, no sentido Centro. O aparelho foi campeão de multas por dois anos seguidos. Em 2018, esse radar chegou a registrar 11.321 multas para motoristas que estavam acima da velocidade permitida na via, de 60km/h.
Quem frequenta a região reclama da situação, como a moradora Enilda Caldeira de Souza, de 54 anos. Segundo ela, os motoristas já perceberam que o radar foi retirado e têm cometido abusos constantes. “Ficou bem difícil. Eles (condutores) passam em alta velocidade. É um risco, já ocorreram acidentes por aqui”, contou a mulher.
Atualmente BH tem cerca de 400 locais com fiscalização eletrônica.
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