Uma em cada três crianças de 5 a 9 anos está acima do peso no Brasil. Os dados, do IBGE, servem de alerta não só para os pais, mas para a população como um todo. Pensando nisso, a Sociedade Mineira de Pediatria (SMP) resolveu lançar uma campanha de prevenção à doença, tendo como mote a importância da educação. O objetivo é mostrar que a culpa para o problema não é do indivíduo, mas de um complexo contexto em que a criança está inserida. “Hoje sabemos que a questão do ambiente influência muito mais na obesidade infantil do que a genética. O traço genético pode ser aplacado por uma alimentação adequada e hábitos saudáveis”, explica a médica Raquel Pitchon, presidente da SMP.
Como em todas a doenças, a melhor forma de combate ao problema da obesidade em crianças e adolescentes é a prevenção. “O ideal é que o acompanhamento comece desde o quinto dia de vida. Assim, o pediatra consegue acompanhar o crescimento e peso da criança, identificando qualquer tipo de distorção”, afirma Raquel. Ações preventivas que acabam minimizando, como consequência, outros problemas de saúde. A obesidade infantil aumenta o risco da ocorrência de doenças cardíacas, vasculares e da diabetes. Além disso, a criança obesa tem grandes chances de se tornar um adulto com o mesmo problema.
Pesquisas mostram que, do total de obesos em idade adulta, 85% já apresentavam sobrepeso aos 5 anos de idade.
A Campanha de Prevenção à Obesidade Infantil foi lançada ontem durante a abertura do 14º Congresso Mineiro de Pediatria, que vai até o dia 22. Uma cartilha com informações sobre a doença pode ser acessada no site da instituição através do endereço: www.smp.org.br

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