Campanha de vacinação é antecipada para conter avanço do Influenza

Alessandra Mendes
amfranca@hojeemdia.com.br
23/04/2016 às 20:21.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:05

O predomínio da circulação do vírus Influenza A (H1N1) em Minas, retratado por meio do número de casos notificados, levou à antecipação do início da campanha de vacinação em todo o Estado. Inicialmente, apenas Belo Horizonte e um pequeno número de cidades anunciaram a medida. Mas ela foi estendida para todos os municípios mineiros. A campanha, que estava marcada para o dia 30, começa hoje.

Ao todo, o Ministério da Saúde vai disponibilizar para Minas 5,2 milhões de doses da vacina contra a gripe. Até o momento, cerca de 2,2 milhões já foram encaminhadas às Regionais de Saúde do Estado para distribuição aos municípios, o que corresponde a 40% do total.

“Além da questão da circulação do vírus, a orientação para antecipar atende também a solicitações feitas pelos próprios municípios mineiros, uma vez que, determinando uma data única, é possível evitar que pessoas que devem se vacinar tenham que se deslocar de seus municípios a outros, minimizando assim possíveis problemas de desabastecimento localizados”, afirmou Luciene Rocha, referência técnica em Influenza da Secretaria de Estado de Saúde (SES).

O vírus H1N1 já provocou neste ano quatro mortes, o que representa o dobro do número registrado em 2015. As notificações dos casos também aumentaram: passaram de seis registros no ano passado para 19 notificações neste ano (até 14 de abril).

Concentração
De acordo com a SES, o quadro no Estado está dentro do esperado. Os óbitos estão mais concentrados em municípios do Triângulo e do Sul de Minas, principalmente os mais próximos a São Paulo, onde o surto é maior. Para evitar o crescimento dos números, a aposta é na imunização das pessoas. Entretanto, a vacina não é disponibilizada na rede pública para todos.

Quem não se encaixa no perfil do público-alvo e, portanto, não tiver acesso gratuito à vacina, deve encontrar dificuldades para se proteger contra o vírus.
O Hoje em Dia entrou em contato com quatro clínicas na capital mineira e apenas uma tinha a vacina disponível. Além da questão relacionada à falta de oferta, há ainda o entrave financeiro. A dose da vacina sai por R$ 120, valor bem mais alto do que o cobrado no final do mês passado, quando o preço girava em torno de R$ 90.

Para quem não tem acesso à vacina, as orientações são para que sejam adotados hábitos simples. “Lavar bem as mãos com água e sabão, com frequência, utilizar o antebraço ou o lenço de papel quando for tossir ou espirrar, evitando assim cobrir a boca com as mãos, não compartilhar objetos de uso pessoal e manter os ambientes bem ventilados são algumas das medidas que podem ser tomadas por todos”, ressalta Luciene.

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