Capital brasileiro agora mira a África e Minas entra na onda

Tatiana Moraes - Hoje em Dia
23/06/2013 às 09:25.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:23

A estabilidade política, a abundância de produtos primários e os preços competitivos praticados pela África têm enchido os olhos dos empresários brasileiros. O crescimento vertiginoso da corrente de comércio verificado nos últimos anos turbinou, também, o interesse dos brasileiros de investir no continente.

Somente nos primeiros quatro meses do ano, as transações comerciais entre o Brasil e países africanos somaram US$ 11 bilhões. O montante é mais de duas vezes superior ao registrado em todo ano de 2002, quando somou US$ 5 bilhões. Na comparação entre 2002 e 2012, o crescimento é de 525%, evoluindo dos US$ 5 bilhões para US$ 26,5 bilhões.

Segundo dados do Banco de Desenvolvimento Africano (BAD), o total de investimentos brasileiros na África supera US$ 10 bilhões, sendo Angola o principal destino, com um estoque de cerca de US$ 4 bilhões.

O aumento desse relacionamento se reflete também na diversificação do perfil das empresas brasileiras que investem na África. Além da Petrobras e de grandes construtoras e mineradoras, companhias de eletricidade e grupos varejistas miram o continente.

Os investimentos brasileiros vêm contribuindo, em particular, para a realização de importantes projetos de infraestrutura. Construtoras brasileiras destacam-se como fornecedores de serviços de engenharia e construção civil.

Na avaliação da economista do Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento (Cindes), Katarina Costa, essa relação tente a se fortalecer. “A Europa está em crise, a América do Norte não desperta grandes interesses (para os empresários brasileiros) e a política na América Latina não está estável. A África, ao contrário, tem apresentado boa estabilidade e excelentes oportunidades de negócios”, diz.

Negócio da China

De acordo com o presidente da Câmara de Comércio Afro-Brasileira (Afrochamber), Abel Domingos, o Brasil está ocupando o lugar dos chineses nos investimentos realizados na África. Foram eles que chegaram primeiro, atraídos pela grande quantidade de recursos minerais e pelo déficit de infraestrutura
 
A estratégia dos chineses deu certo durante algum tempo. No entanto, imposições contratuais e as diferenças culturais agem como entrave para que os negócios entre África e China deslanchem.
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