Bebida é carro chefe

Carnaval de BH: mais da metade dos comerciantes prevê vender mais que em 2023, diz pesquisa

Festa gera oportunidades para mais de 44 mil negócios de todos os segmentos, aponta presidente da CDL

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
23/01/2024 às 09:28.
Atualizado em 23/01/2024 às 12:04
Loja de bijouterias está toda enfeitada e cheia de opções de adereços para os foliões (Fernando Michel / Hoje em Dia)

Loja de bijouterias está toda enfeitada e cheia de opções de adereços para os foliões (Fernando Michel / Hoje em Dia)

O Carnaval de Belo Horizonte começa, oficialmente, no próximo domingo (28). Enquanto os blocos realizam os últimos ensaios, comerciantes já reforçam os estoques para atender aos foliões durante os dias de folia. De acordo com pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), 51% dos empresários e empreendedores acreditam que o mês de fevereiro será de boas vendas por conta da festa. 

Leandro Câmara, de 36 anos, é proprietário de um bar no hipercentro da capital, por onde desfilam vários blocos. E já conta os dias para o início do Carnaval: reforçou o estoque de cerveja à espera dos foliões.

Bar na região central de BH já reforçou o estoque de cerveja e contratou mais funcionários para atender à demanda do Carnaval (Fernando Michel / Hoje em Dia)

Bar na região central de BH já reforçou o estoque de cerveja e contratou mais funcionários para atender à demanda do Carnaval (Fernando Michel / Hoje em Dia)

"Acredito que vou ter um aumento de 20% nas vendas em relação ao ano passado. Estamos preparados: já fiz estoque, reforcei a equipe e a segurança. Prontos para o Carnaval, só esperando os foliões chegarem", contou o empresário.

Ingrid Mendes de Almeida, de 24 anos, é gerente de uma loja que vende  bijouterias no centro de BH que está toda enfeitada para o Carnaval. Os artigos tradicionais ganharam a companhia de saias, tiaras e muitos adereços. As vendas ainda estão devagar, mas ela está na expectativa que melhorem com a proximidade da folia.

"A gente achou que ia ser um pouco mais forte, mas esperamos que no início de fevereiro possa aumentar mais as vendas", comentou.

Sobre a pesquisa

O levantamento da CDL/BH foi realizado com 200 comerciantes entre os dias 2 e 15 deste mês e mostra que bebidas devem ser o produto com maior saída. O setor hoteleiro espera investimento de R$ 1,5 mil em diárias.

A prefeitura da capital estima que o Carnaval irá reunir 5,5 milhões de pessoas entre os dias 28 de janeiro a 13 de fevereiro

Na avaliação de 56% entrevistados, os últimos Carnavais foram positivos para a cadeia de comércio, serviços e turismo. E, para a edição deste ano, 59,5% acreditam que também serão beneficiados.

“O Carnaval belo-horizontino gera oportunidades para mais de 44 mil negócios de todos os segmentos. No último ano, houve uma grande movimentação de consumo que gerou um faturamento de R$ 720 milhões. Para 2024, nossa expectativa é que chegue a R$ 1 bilhão, uma vez que há a previsão de aumento no público”, afirma o presidente CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva. 

Bebidas lideram

Na perspectiva dos lojistas, bebidas sem álcool (44,9%) e alcoólicas (35,4%) serão os itens de maior saída. Os demais produtos citados foram alimentação (34,3%), vestuário (24,2%) e adereços (11,8%). 

Gastos com a folia

Os comerciantes esperam que os foliões adquiram dois produtos, totalizando um tíquete médio de R$ 125,90. As formas de pagamento mais utilizadas deverão ser à vista no cartão de crédito (45,7%), cartão de débito (25,1%), PIX (15,1%), parcelado no cartão de crédito (12,6%). Nas compras parceladas, 50% dos lojistas esperam até três parcelas. 

Funcionamento do comércio

As lojas de rua da capital mineira poderão funcionar durante o Carnaval. Entretanto, nos dias 12 e 13 de fevereiro, a mão de obra dos empregados não poderá ser utilizada. 

“Ainda que os funcionários não possam ser recrutados para a segunda e terça-feira de carnaval, a possibilidade de abertura é muito positiva, já que 44,5% dos lojistas relatam que haverá presença de blocos próximos a seus estabelecimentos. Com esta movimentação é possível criar chances de venda”, destaca Marcelo de Souza e Silva. 

O dirigente pontuou ainda que a CDL/BH está pleiteando junto à Prefeitura a autorização para que comerciantes possam vender bebidas e disponibilizar sanitários para os foliões, com cobrança ou não.

“As lojas poderão ser ponto de apoio para os blocos. Além disso, ajudam a suprir uma necessidade importante, que são os sanitários disponíveis. Estamos aguardando um retorno da Prefeitura, o mais breve possível, para que os comerciantes possam se organizar”, afirma o presidente da CDL/BH. 

Hotelaria 

A pesquisa da CDL/BH também ouviu empresários de hotelaria da capital mineira.  A maioria (54,5%) espera que o volume de ocupação seja maior que o do último ano. Para 45,5% será semelhante a 2023. O valor médio da diária na capital mineira para o período carnavalesco será de R$ 385,90, um valor 7,5% maior que no último ano (R$ 359,09). 

A expectativa dos hoteleiros é que os turistas utilizem, em média, quatro diárias, totalizando um investimento de R$ 1.543,56. 

Dificuldades

De forma geral, o Carnaval de Belo Horizonte é bem avaliado pelos lojistas. Na percepção dos comerciantes, as dificuldades enfrentadas por eles no período da folia são trânsito (52,5%) e chuvas (14,5%). Para 31%, a festa não oferece nenhuma dificuldade.eleitoral de Roraima cassa governador pela terceira vez
Acusação é de abuso de poder político e econômico

O Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) decidiu, nessa segunda-feira (22), por 5 a 2, cassar pela terceira vez o mandato do governador Antonio Denarium. A causa: abuso de poder político e econômico. Ele teve aplicada pena de oito anos de inelegibilidade. 

Dessa vez, foi cassado também o mandato do vice-governador, Edilson Damião. Os dois permanecem no cargo enquanto recorrem da decisão. O caso deve subir de instância para análise do Tribunal Superior Eleitoral. 

A relatora, desembargadora Tânia Vasconcelos, concordou em parte com parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE), segundo o qual Denarium cometeu irregularidades ao turbinar os programas Cesta da Família e Morar Melhor em ano em concorreu à reeleição. 

Ela afirmou que o governador “praticou condutas contrárias ao direito com especial desvio de finalidade utilizando a estrutura estatal e de vultosos recursos com o propósito de interferir no pleito eleitoral”. 

Flagrante infração
“A análise empreendida revela que no ano eleitoral de 2022 o gasto de recursos em medidas eleitoreiras e em flagrante infração à legislação eleitoral pode ter ultrapassado o patamar de R$ 90 milhões”, acrescentou a relatora. 

Segundo o voto da desembargadora, a quantia se refere à execução do programa Morar Melhor, com quase R$ 70 milhões transferidos a municípios. Em paralelo, os gastos do primeiro quadrimestre do programa Cesta da Família foram de R$ 11 milhões. 

Em nota enviada à imprensa, Denarium disse que respeita a decisão judicial e está confiante que sua situação será revertida em instância superior, “esclarecendo todas as questões levantadas e apresentando os contrapontos necessários".

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