O segundo dia de julgamento do promotor André Luís Garcia, de 52 anos, acusado de matar a esposa, Lorenza Maria Pinho, contou com o depoimento do filho mais velho do casal, e de um pastor, amigo da família, durante a audiência de instrução desta terça-feira (9).

O filho foi o primeiro a depôr, ainda durante a manhã, no Pleno do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). À época da morte da mãe, o menino estava com 16 anos. Ele possui quatro irmãos.

Já no período da tarde foi a vez do depoimento do pastor, amigo da família. Ao todo, 14 pessoas devem depor nesta terça. No primeiro dia, foram sete depoimentos. Entre eles, o do pai de Lorenza Pinho, que pediu condenação por pena máxima a André Garcia.

Ao todo, 37 pessoas devem ser ouvidas na fase de instrução. Após essa fase, ocorrerá o interrogatório de André Garcia, que será conduzido pelo relator do processo, desembargador Wanderley Paiva.

O promotor afastado foi denunciado por homicídio, qualificado como feminicídio, e com os agravantes de motivo torpe, asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima. Ele está preso desde 4 de abril do ano passado.

Trâmite
Após a audiência de instrução, haverá um prazo regimental para diligências complementares e, depois, um período de 15 dias para que acusação e defesa façam as considerações finais.

O relator do processo no TJMG terá 30 dias para elaborar o relatório final com o voto, que será apreciado pelos desembargadores que compõem o Pleno.

Durante a sessão do colegiado, acusação e defesa terão, novamente, a oportunidade de se pronunciarem por meio de sustentações orais.