Briga de Trânsito

Chega ao fim 1º dia da audiência do delegado acusado de matar motorista de reboque em BH

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
09/11/2022 às 18:39.
Atualizado em 09/11/2022 às 18:51
 (Fórum Lafayette / Divulgação)

(Fórum Lafayette / Divulgação)

Chegou ao fim o primeiro dia de julgamento do delegado Rafael de Souza Horácio, acusado de matar o motorista de reboque, Anderson Cândido de Melo. O réu será ouvido nesta quinta-feira (10), quando está prevista a retomada da audiência.

De acordo com informações do Fórum Lafayette, nesta quarta-feira (9), durante quase sete horas de sessão, foram ouvidas oito testemunhas de acusação e uma de defesa – um delegado de Polícia que esteve no local do crime.

A demais testemunhas de defesa serão ouvidas a partir das 13h desta quinta.

Antes do início da sessão, que estava marcada para 9h, motoristas de reboque realizaram um protesto no Centro de Belo Horizonte, próximo ao Complexo da Lagoinha. Em vídeo registrado pela equipe do Hoje em Dia, é possível ver dezenas de caminhões buzinando enquanto transitam próximo ao local do incidente.

Esse é o segundo ato promovido pelos colegas de trabalho de Anderson após a morte dele. Em 27 de julho, um dia após o crime, cerca de 100 motoristas de reboques promoveram um ato na capital, manifestando contra o posicionamento publicado pela Polícia Civil.

O caso 
A briga de trânsito que resultou no crime ocorreu na avenida do Contorno, uma das mais movimentadas da região Central de BH, em 26 de julho deste ano. O delegado chegou a se apresentar espontaneamente na delegacia, mas foi preso apenas quatro dias depois.

O resultado da perícia do Instituto de Criminalística da Polícia Civil comprovou que Anderson Cândido Melo não acelerou o veículo em direção a Rafael Horácio, antes de receber o tiro fatal.

O laudo divulgado contestou a versão do policial, que declarou, em depoimento, que Anderson teria "jogado" o caminhão contra ele e que o tiro teria sido em legítima defesa.

O delegado está preso desde 30 de julho, depois de ter sido indiciado por homicídio qualificado pela corregedoria-geral da PC. Ele teve três pedidos de habeas corpus negados.

Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a decisão de manter a prisão do policial se deu porque "o crime de homicídio é causador de temeridade no seio da sociedade, não podendo o Poder Judiciário fechar os olhos a esta realidade".

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