Minas Gerais já é o estado brasileiro com maior número de desastres naturais em 2022, com 439 decretos municipais publicados. De acordo com um levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), divulgado nesta quinta-feira (7), desde 2013 o Estado já registrou 8.095 ocorrências.

Ainda segundo a CNM, o pico de desastres naturais foi em 2021, no território mineiro, com 2.436 registros. A entidade não informou quais foram os fatores que provocaram perdas e prejuízos no Estado.

O documento relata os tipos de desastres e a porcentagem da ocorrência de cada uma. Na liderança do ranking estão os casos de estiagem e seca, com 41,3%, seguido por doenças infecciosas virais, com 27,6%, e em terceiro lugar estão os casos de chuva, com 8,3% dos registros. Em nove anos, 347.441.381 pessoas foram afetadas pelos desastres.

No levantamento, a Confederação chamou a atenção para os recentes desastres relacionados às chuvas na região Sudeste, em que centenas de pessoas foram atingidas de maneira direta ou indireta. Entre os que tiveram maior número de mortos está a cidade de Petrópolis, na região Serrana do Rio de Janeiro, com 233 mortos.

Investimentos

Conforme a CNM, em nove anos - de 2013 a 2022 - os prejuízos com os desastres passaram R$ 341,3 bilhões. Em contrapartida, só R$ 15.391 bilhões foram pagos pelo governo federal, para auxiliar os municípios nas ações de gestão de riscos, prevenção, respostas a desastres e recuperação de áreas destruídas e ou danificadas.

“Os maiores investimentos do governo federal foram focalizados na região Nordeste, com 54% dos repasses realizados. Os Municípios do Sudeste correspondem a 20% do total, seguido do Centro-Oeste (15%), Sul (7,0%) e Norte (4%)”, relatou a instituição.

Confira a lista completa de desastres naturais: