Disque 193

Chuvas: mais de 150 pedidos de socorro são recebidos por dia pelos Bombeiros em Minas

Em todo o Estado, foram 4.796 chamados só em dezembro; alerta é ainda maior para janeiro

Raquel Gontijo e Pedro Santos
portal@hojeemdia.com.br
04/01/2024 às 12:23.
Atualizado em 04/01/2024 às 13:26
Bombeiros realizam vistorias após inundações e enxurradas em Capinópolis/MG (Divulgação CBMMG)

Bombeiros realizam vistorias após inundações e enxurradas em Capinópolis/MG (Divulgação CBMMG)

Nada menos que 154 ocorrências de chuva são registradas por dia em Minas. A média leva em conta os chamados recebidos pelos Bombeiros em dezembro. Queda de árvores, risco de alagamento, desmoronamento e soterramento estão entre as principais. Com a previsão de mais precipitações no Estado nos próximos dias, a corporação lança um alerta à população.    

No mês passado, foram atendidos 4.796 chamados no território mineiro. Só no último fim de semana do ano, Contagem e Betim, na Grande BH, registraram 120 ocorrências.

Os dados reforçam a necessidade de atenção redobrada em janeiro, mês que historicamente concentra o maior volume de chuva no Estado. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), são esperadas precipitações acima da média climatológica. Nesses três primeiros dias, já choveu quase metade do esperado para todo o mês em Belo Horizonte e região metropolitana.

Diante da preocupação com o risco de inundações, deslizamentos e desabamentos, o capitão Alexandre Gimenes, da assessoria de comunicação institucional do Corpo de Bombeiros, dá um panorama do cenário atual e reforça dicas de segurança.

Quais os principais atendimentos recebidos durante as chuvas?
Vistoria de risco de queda de árvores, vistoria de risco de alagamento, perigo de eletrocussão, salvamento de pessoas em alagamentos, desmoronamento de estruturas, soterramento, salvamento de pessoas ilhadas, corte de árvores em vias públicas e residências.

Minas têm registrado mais ocorrências nesse ano? 
É possível que o número tenha aumentado porque as chuvas estão mais fortes, há uma concentração maior em um período curto de tempo. O solo e outras estruturas não conseguem escoar naturalmente essa água. Com isso, deixa a terra encharcada e provoca inundações. A estimativa dos Bombeiros é que em janeiro ocorram mais casos, já que, historicamente, chove mais.

Quais situações mais preocupam?
Os casos que preocupam mais são de desabamentos, pois envolvem, além da perda do bem patrimonial, a vida das pessoas que moram na residência. Além disso, em diversas regiões o desabamento pode atingir outros imóveis vizinhos. Os locais com histórico de alagamentos também recebem atenção redobrada das equipes da Defesa Civil e dos Bombeiros.

Quais ocorrências de maior destaque nos últimos dias?
Betim e Contagem, nos bairros Riacho das Pedras e Eldorado. Em Belo Horizonte, uma cratera abriu na região da Pampulha.

Quais são as dicas de segurança?
Pessoas que moram em áreas de risco sempre devem ficar de olho na previsão do tempo. É importante se atentar para a quantidade de chuva, se há trincas e rachaduras nos imóveis, desnivelamento do piso, se a porta na hora de abrir ou fechar está agarrando. Conversar com os vizinhos e observar o asfalto na rua, se abriu alguma rachadura nova. São pequenos indícios de deslocamento de massa, movimentação de terra. Se a pessoa estiver na rua, deve procurar locais seguros para se abrigar e aguardar a chuva passar. Os motoristas e motociclistas, quando passarem por uma rua alagada, não devem seguir se a água estiver no nível da metade da roda. Isso já é sinal de uma situação de perigo. Pode haver buracos, armadilhas que podem provocar acidentes. Não é indicado encarar essa situação.

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