A Câmara Municipal de Belo Horizonte tentará costurar um acordo político para evitar o fechamento do Restaurante Popular que funciona em suas dependências. A PBH informou ao parlamento que a unidade será desativada a partir do dia 24 de junho, devido à reativação da Unidade II, que fica na área hospitalar.

O Hoje em Dia teve acesso a um ofício do diretor-geral da CMBH que informa o fechamento da unidade que, atualmente, serve uma média de 1.200 refeições diárias. Segundo a assessoria da Casa, a intenção é manter o espaço funcionando, já que vários funcionários, moradores e trabalhadores da região estão acostumados com o uso do refeitório.   

Segundo informou a Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional, "o fechamento é necessário, pois o refeitório apresenta problemas estruturais que necessitam de intervenções imediatas para não comprometer a segurança de usuários e funcionários.

A CMBH enfatizou que ela apenas cede o espaço. Toda a parte de logística, alimentos, transporte e demais gastos são de responsabilidade da Prefeitura de Belo Horizonte.

"Os alimentos não são preparados na unidade da Câmara, são levados do Barreiro já preparados. Com a abertura da unidade II, na área Hospitalar a produção será feita no próprio local, garantido mais segurança alimentar e nutricional aos usuários", explicou Duílio Campos, da SMASAN.

ele acredita, ainda, que o impacto será positivo para a região, pela unidade ser melhor localizada, próxima aos grandes hospitais e com a capacidade para atender até 4 mil usuários diariamente, quase quatro vezes a capacidade da unidade na Câmara.

A Unidade II, Josué de Castro, está fechada há três anos para reformas. A previsão era que sua reinauguração seria em março deste ano, porém a previsão não foi cumprida. Inicialmente ele seria reaberto em março de 2014 quando houve a primeira mudança no cronograma, com uma série de aditivos. Ao todo, já foram sete mudanças na data de entrega do espaço. Segundo Duílio, a reabertura será no final do mês de junho.

"Havia necessidade urgente de reforma e modernização do espaço. Por tratar-se de obra pública, foi indispensável respeitar todos os procedimentos licitatórios necessários para atender as demandas que foram surgindo no decorrer da obra e as situações atípicas de reformas, que não estavam inicialmente previstas no projeto", explicou.

Atualmente, os três Restaurantes Populares e o refeitório da Câmara fornecem 10 mil refeições por dia com preços subsidiados. O custeio do Município é de 70% do valor de cada uma delas.

"A reabertura do Restaurante Popular da Região Hospitalar, muito aguardada pela população, possibilitará ampliar ainda mais essa oferta de refeições de qualidade e a baixo custo à população. Uma grande equipe formada por nutricionistas, técnicos, além de todos os demais profissionais que trabalham nos restaurantes", concluiu.

Colaborou Leandro Hermenegildo

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