R$ 45 milhões

Copasa promete concluir sistema de esgoto da Lagoa da Petrobras, em Ibirité, até maio de 2025

Petrobras promete finalizar limpeza do espelho d'água

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
09/11/2023 às 15:38.
Atualizado em 09/11/2023 às 16:21
Professora Camila Amorim, da UFMG, engenheira ambiental e coordenadora-geral do projeto, afirmou que o monitoramento já realizado identificou o assoreamento de 60% do volume da Lagoa da Petrobras (Reprodução / Google Street View)

Professora Camila Amorim, da UFMG, engenheira ambiental e coordenadora-geral do projeto, afirmou que o monitoramento já realizado identificou o assoreamento de 60% do volume da Lagoa da Petrobras (Reprodução / Google Street View)

Durante audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa de Minas (ALMG) na Fundação Helena Antipoff, em Ibirité, na região metropolitana dnesta quinta-feira (9), representantes da Copasa anunciaram o investimento de R$ 45 milhões para execução da 4ª etapa de instalação do sistema de esgotamento sanitário para corrigir o problema da poluição na lagoa da cidade.

De acordo com o gerente de Obras e Expansão da Unidade Metropolitana da Copasa, Douglas Macedo, a meta é que até maio de 2025 a empresa atinja o índice de esgotamento sanitário superior a 90% em Ibirité. Segundo o gerente regional da Metropolitana Sul da Copasa, Fernando Zanette, a empresa projeta atender 99% da população de Ibirité com água tratada até essa mesma data de maio de 2025.

Também durante a reunião organizada pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da ALMG, a Petrobras informou que pretende concluir a limpeza do espelho d’água da lagoa em Ibirité até 2025.

A execução do Projeto AquaSence, da Petrobras, será conduzido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em conjunto com a Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) e vai apoiar a limpeza e o desassoreamento da lagoa.

“A meta é que, em 2025, se alcance o espelho d'água totalmente limpo, mantendo uma pequena área ainda com aguapés, continuando com o manejo”, afirmou Schutz. A conservação dessa pequena área é necessária, segundo ele, para evitar a proliferação de algas produtoras de toxinas, que poderia tornar-se um problema ainda maior do que a vegetação aquática.

Já o Projeto AquaSence, de acordo com Schutz, deverá ter início a partir de março de 2024, com a formalização do termo de compromisso com as universidades. O projeto utilizará drones para identificar o estágio de crescimento dos aguapés para facilitar a remoção mais eficiente, pontos de erosão e áreas prioritárias de intervenção para desassoreamento e os riscos para áreas habitadas que estão abaixo do reservatório. 

Em vídeo apresentado durante a reunião, a professora Camila Amorim, da UFMG, engenheira ambiental e coordenadora-geral do projeto, afirmou que o monitoramento já realizado identificou o assoreamento de 60% do volume da Lagoa da Petrobras.

Mais do que os aguapés, a poluição e o assoreamento são os maiores problemas da lagoa. Ambos surgiram a partir de 2005, com a ocupação das margens pela população, e o despejo de esgoto não tratado no corpo d’água.

Para que as metas de coleta e tratamento de esgoto sejam atingidas, tanto os representantes da Copasa quanto do Ministério Público cobraram a colaboração da população a fim de que todas as residências sejam ligadas ao sistema de esgotamento sanitário.

De acordo com Fernando Zanette, hoje são 50 mil residências conectadas ao sistema de esgoto. No entanto, cerca de 10 mil ainda permanecem fora do sistema. Para corrigir o problema, a Copasa assinou uma ordem de serviço, em agosto de 2023, no valor de R$ 2,3 milhões, para um trabalho de mobilização social para a conexão das moradias. 

“A previsão inicial é visitar 10 mil imóveis. Hoje a cobertura da rede de esgoto em Ibirité é de aproximadamente 65%”, declarou o gerente regional da Metropolitana Sul da Copasa, Fernando Zanette.

“A população precisa colaborar para que as casas sejam ligadas ao sistema de esgoto, ou de nada ele adiantará”, alertou o promotor de Justiça da Comarca de Ibirité e Sarzedo, Domingos Ventura de Miranda Júnior. Ele defendeu que a Copasa e Petrobras poderiam fazer um projeto conjunto para auxiliar no custeio das ligações domiciliares, que pode ser uma despesa excessiva para muitas famílias, assim como a taxa mensal do tratamento do esgoto de cada imóvel.

Solução do assoreamento depende de estudo
Com relação ao assoreamento, a gerente de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobras/RJ, Érica Vaz Nunes, afirmou que a correção é mais complexa do que pode parecer. “Não dá para simplesmente tirar a terra que está lá no fundo, isso pode causar um impacto ainda maior. Portanto o Projeto AquaSence, que tem uma duração de três anos, vai indicar os pontos de intervenção para desassoreamento, com respaldo científico”, explicou a gerente.

O deputado federal Antônio Pinheiro Neto (PP-MG), que também participou da reunião, saudou a oportunidade de a população conhecer os planos apresentados pelas duas empresas, depois de anos aguardando uma solução efetiva para os problemas da lagoa.

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