(Divulgação / Assembleia Legislativa)
O diretor da Cemig Participações Minoritárias (CemigPar), Maurício Dall’Agnese, foi ouvido, nesta terça-feira, pelos deputados da Comissão ParIamentar de Inquérito que investiga possíveis irregularidades na gestão e o uso político da Cemig.
Dall’Agnese se esquivou de responder a maioria das perguntas feitas pelos parlamentares e não quis conversar com a imprensa.
Os deputados queriam saber especialmente sobre a contratação de Dall’Agnese, diante da suspeita de que Partido Novo, o mesmo do governador Romeu Zema, tenha influenciado o processo. O Governo informou que não comentar sobre a CPI.
O vice-presidente do diretório estadual do partido Novo em Minas Gerais, Evandro Veiga Negrão de Lima, também compareceu à reunião e se apresentou à CPI de forma voluntária.
Ele foi ouvido na condição de testemunha e explicou que o processo de contração de Dall”Agnese foi feita por meio de uma empresa de recrutamento.
Investigação
A CemigPar cuida das participações acionárias da estatal em outras empresas. A CPI investiga uma suposta estratégia de desinvestimento, com a venda de ativos importantes e consequente descrédito da Cemig, para viabilizar politicamente sua privatização.
Para o vice-presidente da comissão, deputado professor Cleiton (PSB), as investigações comprovam o processo de desestatização e desinvestimento. “Há uma preparação clara para a privatização da Cemig”, afirma o deputado.
Mas, para o líder do governo na Assembleia Legislativa, Roberto Andrade (Avante), o depoimento de Evandro Nogueira esclareceu pontos polêmicos sobre a contratação do diretor da empresa. “Pelo que foi dito aqui eu não vi há nada que se possa incriminar nenhum dirigente da Cemig e, com relação ao governo, muito menos”, finaliza Andrada.
A CPI entra na fase final. Os trabalhos devem ser encerrados no dia 21 de fevereiro com apresentação do relatório final.
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