Documento revela suposto esquema para atrair Eliza a cativeiro

Do Portal HD
13/11/2012 às 09:23.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:14
 (Eliza Samudio/Reprodução)

(Eliza Samudio/Reprodução)

Um documento secreto encontrado no notebook de Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, pode oferecer à Justiça elementos importantes para desvendar o caso que envolve o desaparecimento e morte da modelo Eliza Samudio.

Uma minuta de contrato, descoberto no computador, previa o pagamento de pensão à vítima para que ela encerrasse o processo contra o goleiro Bruno Fernandes de Souza. Pelo acordo, o atleta assumiria a paternidade do filho com a ex-amante e ainda pagaria uma pensão no valor de R$ 3.500.

A proposta, sem assinatura, foi encontrada pela polícia durante as investigações e teria atraído Eliza de São Paulo ao Rio de Janeiro, de onde ela saiu com destino a Minas Gerais, para ser morta. A informação foi divulgada pelo site do jornal O Dia.

Segundo os dados, o acordo tão esperado pela modelo seria feito na 1ª Vara de Família da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e acabaria com o conflito entre o casal. Nele, estaria previsto que o atleta realizaria um exame de DNA do filho com Eliza, o Bruninho, no dia 11 de junho de 2010. Porém, nesta data ela já teria sido morta.

Procurados pelo Portal HD, os advogados de Macarrão, Leonardo Diniz, e de Bruno, Rui Pimenta, ainda não atenderam à reportagem para comentar as informações.


Alerta para advogada

Na viagem de Eliza ao Rio, onde acertaria o contrato com Bruno, ela teria alertado a advogada Anne Faraco sobre o seu medo.

“Tô no mesmo hotel que fiquei daquela vez. Se acontece (sic) algo, já sabe quem foi”, dizia uma mensagem de celular enviada a partir do Hotel Transamérica, onde ficou hospedada.

Em outra mensagem, em novembro de 2009, Eliza também informou a um amigo que temia vir a Minas e ser morta. “Terra de Bruno só vou com passagem de ida. Vão me matar lá. O Bruno é maluco”.


Entenda o caso

O ex-goleiro Bruno, que seria amante de Eliza Samudio, é acusado de encomendar a morte da modelo. O atleta, o amigo dele, o "Macarrão" e o primo Sérgio Rosa Sales - que foi assassinado no dia 22 de agosto de 2012 -  respondem aos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. Já Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", responde por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, na época mulher do atleta; Wemerson Marques de Souza, o "Coxinha"; Elenílson Vítor da Silva, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do jogador, respondem pelos crimes de sequestro e cárcere privado. O júri popular do processo que apura a morte foi marcado para o dia 19 de novembro em júri popular também no Fórum de Contagem.

Eliza Samudio está desaparecida desde o dia 4 de junho de 2010, quando fez um último contato telefônico com uma amiga. Segundo a polícia, ela foi morta e teve seu corpo esquartejado. No entanto, os restos mortais da ex-modelo não foram localizados até hoje.

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